Nós olhamos as coisas muitas vezes com base em uma perspectiva muito limitada da nossa mente, entendimento e compreensão da realidade humana. Olhamos muitas vezes com base em uma visão materialista e esquecemos ou muitas vezes procuramos rejeitar a existência de um mundo espiritual, onde algo muito maior está sendo desenrolado e que cumina com o plano e propósito de Deus desde os tempos eternos.

Precisamos aprender a olhar o livro de Jó, não pelo meio da história e dos acontecimentos narrados e seu sofrimento; mas sim, com base nos primeiros capítulos e nos útlimos do livro. No ínicio podemos observar o seguinte: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” (Jó 1:1). “Perguntou ainda o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Então, respondeu Satanás ao Senhor: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. Disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do Senhor. ” (Jó 1:8-12). “Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” (Jó 1:20-22). “Perguntou o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa. Então, Satanás respondeu ao Senhor: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende, porém, a mão, toca-lhe nos ossos e na carne e verás se não blasfema contra ti na tua face. Disse o Senhor a Satanás: Eis que ele está em teu poder; mas poupa-lhe a vida. ” (Jó 2:3-6). “Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. ” (Jó 2:9-10).

O que de fato está em jogo nesta história? O que é importante absorvermos e compreendermos? O que podemos aprender de lição nisto tudo e no que Jó passou, e que nós enfrentamos na mesma escala, em menor ou maior que Jó?

Estava Deus punindo Jó por algum “pecado”? Sabia Jó do que estava acontecendo nos batidores da eternidade? Nós sabemos e compreendemos o que tem por trás dos panos? Como Jó nós não vemos e nem compreendemos o que está por trás de tudo isso. Temos as promessas de Deus. Mas quando passamos por sofrimentos, por perdas ou por doenças, estamos nós sendo punidos? É por que pecamos? Não. Isto é que precisamos compreender. As tribulações, as dores, as perdas, os problemas que enfrentamos nesta vida, seja o perder tudo que temos, o perder a nossa saúde, ou qualquer outra perda não tem nada a ver com a vida de Deus, com a suas promessas, com o seu plano eterno estabelecido. Mas sim, unicamente conosco. Isto é, como reagimos a estas situações? Qual a nossa atitude? Como nos portamos diante das dificuldades e problemas? As tribulações, as dores, os problemas estão ai, fazem parte da vida material. O que precisamos compreender que tudo isso, pode e é usado por Deus para o nosso aperfeiçoamento, para revelar quem somos, para nos aprensentar de fato “nus” diante do nosso pensamento e compreensão do que achamos que somos.

AS tribulaçõoes, as dores as perdas revelam o quanto confiamos em Deus, o quanto descansamos e honramos o Altíssimo.

Mas mesmos nós falhando em uma provação ou tribulação quer dizer que Deus nos abandona? Não, Isto que precisamos entender; mesmo diante de nossas falhas, ele está observando e age em nosso favor pelo que move as nossas vidas, nossas motivações, a postura de nossos corações diante Dele. Temos um coração segundo o de Pedro, ou agimos como Judas. Entendemos?

Culpamos a Deus, culpamos a nós mesmos pela nossa atitude, ou nos arrependemos e nos voltamos para o Criador? Nesta jornada, jornada para eternidade, podemos decidir se queremos transformar as coisas difíceis desta vida em um instrumento para o aperfeiçoamento, crescimento e amadurecimento, ou se vamos voltar para nós mesmos e tomar uma atitude de Judas. Foi Pedro menos traidor do que Judas, ou ambos não trairam na mesma proporção?

Qual foi a diferença entre eles? Qual a atitude tomada depois da provação? Qual foi a atitude de Jó em tudo isso que passou? Não foi de manter integridade diante de Deus, mesmo que não entendesse? Mesmo que questionasse qual era o seu pecado? Havia pecado?

E nós, como temos agido e reagido diante das dificuldades e problemas que enfrentamos na nossa vida? Com murmuração? Com reclamação? Com uma atitude de Judas? Ou temos posicionado como Pedro, e voltado sempre para o Senhor. Aprendemos a enxegar a nossa limitação e depositamos cada vez mais confiança e esperança nas promessas de Deus? Temos mantido integridade com relação aos valores eternos e segundo a natureza de Deus? Ou mantemos a atitude da natureza humana?