As palavras do Senhor por meio de Oséias são pesadas. Não se aplicam a igreja do Senhor, ao corpo de Cristo; mas podem aplicar as nossas vidas individuais, ou a igreja local dependendo de como a mesma te observado os ensinamentos de Jesus: “Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas.” (Oséias 3:1, BEARA).
E em apocalipse podemos ver palavras semelhantes a esta por parte do Senhor Jesus: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2:4-5, BEARA). “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.” (Apocalipse 2:14-16, BEARA). “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição.” (Apocalipse 2:20-21, BEARA). “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.” (Apocalipse 3:15-18, BEARA).
Lendo estas palavras, tanto de Oséias, quanto as escritas por João, o que pensamos sobre as nossas vidas? Entendemos o nosso relacionamento com o Criador, o compromisso que temos com o nosso Deus e como temos expressado no coletivo este compromisso? Temos sido fiéis ou temos agido como prostituta, como mulher de programa que vai com quem paga e atende as suas necessidades? Temos sido corrompidos pelo sistema, pelo pensamento do mundo e nos desviado da vontade do Pai? O que de fato tem sido importante em nossas vidas? O reino de Deus ou o reino deste mundo? O que tem movido e do que está cheio o nosso coração?
Pedro escrevendo a sua primeira epístola afirma o seguinte: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9, BEARA)
O que é se corromper? Se deixar corromper? O que entendemos por propriedade exclusiva de Deus?
Nós discutimos teologia, falamos de assuntos profundos, tratamos de questões não claras; mas muito pouco discutimos o básico: nosso relacionamento com Deus, expressão de amor a Ele, compromisso com Ele, vida de santificação para expressarmos a sua vontade.
O nosso amor, a nossa vida, como vivemos, as nossas prioridades demonstram o quanto somos fiéis. O quanto de nosso tempo está voltado para o reino de Deus? A forma como vivemos, a expressão do que somos reflete a vontade de Deus? Nossas prioridades estão alinhadas com o reino? Focamos na busca de nossos interesses, metas pessoais, sonhos, riqueza, emprego, ou estas coisas são meios para expressarmos e revelarmos o reino de Deus neste mundo?
Nos relacionamentos demonstramos e revelamos graça, compaixão, misericórdia ou não temos revelado estes atributos? Priorizamos a nós ou aos outros? Buscamos os nossos interesses ou os dos outros? Focamos no crescimento dos outros, na nos nossos interesses pessoais e esquecemos a necessidade dos outros?
Ser fiel a Deus é manifestarmos no nosso dia a dia, a fragrância do conhecimento de Cristo, é sermos o bom perfume, é sermos cartas vivas que revelam as virtudes de Deus no nosso caminhar. Nada mais é importante para Deus do que a forma como vivemos e expressamos o que Ele é.
Ou só temos pensado em Deus em nossas necessidades, nas nossas faltas, doenças? Temos negociado com Deus, como se ele fosse obrigado a suprir tudo que achamos que precisamos? Temos sido um poço sem fundo de desejos e vontade, do querer receber e nunca nos dispomos a dar, ajudar e suprir a necessidade dos outros? Achamos que todo o mundo existe somente para satisfazer os nossos caprichos e vontade?
Ser fiel a Deus, amar a Deus é termos um sentimento, o nosso pensamento, nossa vida voltadas para Ele como fazemos com a pessoa amada, com um foco de relacionamento mais profundo, duradouro (para não dizer eterno). Deus em todo o velho testamento, como nas cartas de Paulo expressa de forma singular o desejo da comunhão e relacionamento conosco, firmado em princípios eternos e não na volatilidade do pensamento e sentimentos humano; mas baseado no novo ser, nova criatura que nos fez para a sua glória e louvor do Seu nome.
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