Nossas aflições e dores

Podemos nos questionar dos porquês de tantas dores, tantas aflições. Ou mesmo nos culpar pelas nossas falhas, erros e pecados e acharmos que somos merecedores de tanto sofrimento e tantos problemas. Ou podemos achar que somos tão bons que não merecemos tantas aflições e problemas que enfrentamos na vida.

Precisamos aprender a ter a confiança, a conhecer o nosso Deus e compreender todo o seu propósito e querer para nós. Precisamos aprender a olhar com outros olhos, precisamos aprender a deixar de nos fixar nesse mundo, nas coisas passageiras, e olharmos como conhecedores da verdade, do amor de Deus, do plano e das promessas.

Passamos por problemas, por dores, por dificuldades para aprendermos a confiar em Deus, e tudo que passamos, não está além do que podemos suportar; mas todas as nossa aflições podem nos levar ao amadurecimento e conhecimento de Deus; ou a vivermos nos lamuriando e reclamando, sem aprender e sem amadurecer. O que vamos escolher? Que caminho queremos seguir? Paulo fala sobre esse aspecto de forma especial, na segunda carta aos coríntios: “Louvado seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai bondoso, o Deus de quem todos recebem ajuda! Ele nos auxilia em todas as nossas aflições para podermos ajudar os que têm as mesmas aflições que nós temos. E nós damos aos outros a mesma ajuda que recebemos de Deus.” (2 Coríntios 1:3-4, NTLH). “Nós nos sentíamos como condenados à morte. Mas isso aconteceu para que aprendêssemos a confiar não em nós mesmos e sim em Deus, que ressuscita os mortos.” (2 Coríntios 1:9, NTLH). “E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre.” (2 Coríntios 4:17-18, NTLH).

Quando compreendemos o nosso papel, quando compreendemos o porque de tanta aflições e dores, de tantos problemas; aprendemos a glorificar a Deus por sermos dignos de passar por essas situações, pela oportunidade de amadurecermos e aprendermos a confiar e a descansar nele; e principalmente, aprendermos a confiar que Ele é o provedor, Ele quem cuida e zela por nós, e nos concede a honra, mesmo não sendo merecedores, de sermos representantes da sua glória, da sua graça e do seu amor. Mas, principalmente, passamos a revelar em quem confiamos, em quem depositamos toda a nossa esperança, e na razão de sermos e vivermos nesse mundo.

Deus, nosso Pai, deseja que aprendamos a confiar e a descansar nele, deseja que aprendamos a olhar e a ter o nosso coração preso, não nas coisas temporárias; mas nas coisas que são eternas, deseja nos usar como testemunhas para as pessoas que serão transformadas, que aprenderão a descansar naquele que é eterno e não nas coisas que são passageiras desse mundo.

Em tudo, o nosso objetivo deve ser um único: conhecer cada vez mais o amor que o Pai tem por nós; pois mesmo diante de tantos problemas, dores e aflições seremos capazes de testemunhar  a todos a graça e o amor de Deus para conosco. Devemos desejar plenamente o amadurecimento, o conhecimento e principalmente aprender a descansar e a confiar naquele que é o autor da vida.

Somos filhos, fomos chamados, não para vivermos a lamentar e a reclamar, mas para que expressemos, em palavras e em atitudes toda a nossa gratidão e todo o nosso amor pelo Pai e pelo que nos concede; reconhecendo sempre, que embora não merecedores de qualquer coisa, Ele nos dá da sua vida, da sua glória e natureza; e nos ensina, para podermos ensinar àqueles que necessitam, de forma a serem reconciliados com Ele e conheçam seu amor.