No livro de Gênesis podemos ler a história de Jacó e da obra realizada por Deus em sua vida, está em Gênesis do 28 até 33, de sua fuga da terra prometida, até o retorno e encontro com seu irmão Isaú, quando lutou com Deus e recebeu um novo nome: “Disse este: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.” (Gênesis 32:26-28, RA).
Jacó significa: “o que segura o calcanhar”, aquele que suplanta, aquele que tira vantagem. E assim, foi toda a vida de Jacó em sua família, prevalecendo sobre o seu irmão, tirando vantagem das situações, enganando. Ele negociou o direito de progenitura, roubou a bênção de Isaú, e então fugiu para a terra de seus parentes. Nesta terra ele experimentou uma realidade totalmente diferente. Labão, seu tio, foi quem prevaleceu sobre ele. Trabalhou sete anos por uma esposa, levou outra, trabalhou depois mais sete anos, para ter a esposa que queria. Depois negociou um salário, seu tio novamente o enganou. E ele não prevalecia sobre as artimanhas. Até que Deus mostrou a ele, e providenciou, mesmo sendo enganado o salário que havia sido negociado. Ele conseguiu riqueza e voltar assim, à sua terra, a terra prometida.
Nesta luta com o anjo, ele recebe um novo nome, e o que significa Israel? Deus prevalecerá. Então de suplantador, usurpador, ele recebe um nome que significa que quem prevalece é Deus, não ele, não suas artimanhas.
Nós caímos no mesmo engano de Jacó: achar que somos nós que fazemos, que conseguimos, damos um jeito diante das situações, para fazermos as promessas de Deus cumpridas na nossa vida. Não agimos diferente de Jacó, achando que com as nossas artimanhas, conseguiremos fazer a vontade de Deus cumprida. Temos resultado? Não. Entramos sim, em um ciclo de dar tudo errado, cada tentativa, cada alternativa que nos empreendemos, somente vemos as coisas funcionarem diferente do que planejamos, pensamos ou compreendemos ser a vontade de Deus.
Precisamos aprender a confiar, a descansar em Deus. Precisamos parar de “dar um jeitinho” nas coisas para que a “vontade de Deus” se concretize. Precisamos entender que não é assim que a vontade Dele se realizará em nossa vida. Ele não precisa de nossa mão, mas, que aprendamos a confiar Nele, no Seu prover, no Seu realizar, como foi com Jacó.
Temos que compreender quem somos e o que recebemos, que fomos revestidos de autoridade (poder), para fazer e viver segundo a vontade de Deus, nos submeter, nos preparar, santificando o nosso procedimento para sermos vasos para a Sua honra e manifestação da Sua glória por meio de nossas vidas.