Jesus determinou: “ Ide, portanto, fazei discípulos  …” (Mateus 28:19) e ele falando aos religiosos de sua época afirmou: ” Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito;  e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós! ” (Mateus 23:15, BEARA).

Prosélito é a pessoa que se convertia ao judaísmo, abandonava as suas crença e adotava as crenças que lhes era ensinada pelos judeus. Tinham as conversões genuínas, mas segundo as palavras proferidas tratava simplesmente de formar um relioso e defensor das crenças, assim como muitas vezes procuramos fazer com as pessoas. Tiramos estas de suas religioes e as convertemos para que sejam crentes evangélicos. Enchemos as suas cabeças de ensinamentos, de teorias e crendices evangélicas, mas não lhes transmitimos o verdadeiro conhecimento de uma vida fundamentada em Cristo.

Precisamo compreender que ensinar (que é o que fazemos na maioria das vezes) é a transmissão de conhecimento. Ensinamos teorias as pessoas, mas não as educamos, pois educar é ser exemplo, é transformar a teoria em prática diante dos olhos das pessoas.

Fazer prosélito é simplesmentes ensinar, isto é, transmitir conhecimento e crenças. Agora, fazer discípulo está além, é ser exemplo, é ser modelo, é se oferecer ao outro para que ele seja seu imitador. Fazer discípulo exige compromisso, exige muito mais que umas horas, que simples transferência de conhecimento. No meio evangélico temos formado mais prosélitos do que levado as  pessoas a serem discípulas de Jesus. Não temos nos oferecido como exemplo, como modelo de vida, como pessoas que são capazes de materializar a realidade espiritual que tem conhecimento e entendimento.

Há uma necessidade profunda de conhecimento, de ensino, pois sem este não conseguimos o passo seguinte que é a transformação da teoria em prática de vida. Sem conhecimento, sem entendimento existe a corrupção, o desviar, mas quando há conhecimento, então é possível realizar o passo de educar, de formar a pessoa, de fazer o verdadeiro papel que é o nosso: fazer discípulos, ensinando-os a guardar todas as coisas. E fazemos isso através do ciclo completo da educação, isto é, transmitimos conhecimento, ensinamos e nos ofereceremos como modelo, como exemplo.

Tendo o entendimento e compreensão da diferença entre ensinar e educar, entre fazer discípulo e formar prosélitos, então podemos observar o que temos feito e agirmos da maneira como é a determinação do Senhor. Não se trata somente de ensinar, mas de ser modelo àqueles que olham a nossa vida e desejam ver um exemplo prático da teoria que tanto ouvem.

Que possamos rever os nossos conceitos e práticas e seguirmos a determinação de Jesus de fazer discípulos e termos claro que educar não está relacionado somente à passagem de conhecimento, mas a uma vida prática que leva o outro a observar e a adotar o mesmo modelo de vida.

Devemos, portanto obedecer ao Senhor, seguir o Seu exemplo e fazer discípulos em todas as nações, ensinando-lhes todas as coisa que temos aprendido para a glória e louvor do nome do Pai.