O que norteia o relacionamento com Deus?

Deus falando ao povo de Israel por meio de Isaías afirma: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória,  pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.” (Isaías 42:8) e também: ” Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces.  Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.” (Isaías 45:5-6).

Talvez já não construamos imagens de madeira, não nos dirijamos a estas para solicitar e buscar que interceda por nós como ocorria no passado. Mudamos, não fazemos imagens, mas erigimos ídolos, usamos objetos inanimados para que sejam o nosso deus, quando nos dirigimos, por ignorância, ao próprio Criador como a um deus qualquer, a uma divindade para ser objeto de troca quando todas as outras falharam.

Quando estabelecemos deuses em nossa vida? Quando colocamos, depositamos a confiança em alguém, alguma coisa. Como assim? Por exemplo: o dinheiro pode ser o nosso deus, o nosso objeto de culto e temos a expectativa que ele irá suprir e resolver nossos problemas, como ficamos tranquilos quando nele colocamos a confiança e temos a convicção que não padeceremos com dificuldades.

Quando colocamos confiança nas pessoas e criamos expectativas, quando desejamos que os outros façam e atendam às nossas necessidades, seja a esposa, marido, filhos, ou mesmo o que denominanos de líder espiritual: pastor, padre, bispo, etc. O que estamos fazendo? Estamos fazendo destes os deuses de nossa vida. Quando não fazem o que queremos ou o que desejamos, nos frustramos, ficamos irritados, negamos e buscamos em outros o atendimento de nossas necessidades.

Se evoluimos, se compreendemos parte da palavra de Deus, então eliminamos estes outros como deuses e passamos a crer no Deus verdadeiro, colocamos Nele nossa “confiança” e esperamos que irá suprir e satisfazer nossas necessidades. Irá atender o nosso pedido. Até mesmo fazemos sacrifícios, apresentamos ofertas, realizando obras, somos fiéis no dízimo e ofertas, para que nossas necessidades sejam supridas, não é verdade? Se assim estamos fazendo, estamos tratando o Criador como uma divindade que existe para satisfazer os nossos desejos e vontades.

Por isso Deus, O verdadeiro, é um só, não existe outro. O relacionamento com Ele não é e nem pode ser baseado em um relacionamento fundamentado em troca, no atendimento de necessidades, e na busca de satisfazer (ou achamos que estamos satisfazendo a Ele) para alcançar alguma graça ou benefício. Quando olhamos ou buscamos a Deus sob esta perspectiva nos frustramos e nos relacionamos com uma divindade e não com o Deus verdadeiro.

Por isso, como Ele falou à nação de Israel, assim fala conosco. Ele é Deus, a Sua honra e glória Ele não dá a ninguém. Deus deseja que aprendamos um relacionamento não fundamentado no receber, mas no dar, no se entregar em favor do outro. Assim Ele fez conosco, esta foi a atitude de Jesus, o verbo que se fez carne. Ele se ofereceu, se deu em nosso favor para que conhecêssemos a Deus, para que pudéssemos ser reconciliados com o Criador. Fora Dele, fora deste fundamento de relacionamento não existe conhecimento de Deus.

Para conhecer a Deus, para conhecer a vida eterna, precisamos nos oferecer a Ele como uma oferta, como um sacrifício vivo, para que a Sua vida se revele a nós e assim o conheçamos como Ele deseja ser conhecido e vivamos para a Sua glória e para louvor do Seu nome. Precisamos parar de querer nos relacionar com Deus fundamentados no receber, no ter as nossas necessidades atendidas, não é este o princípio para conhecer a Deus. Esta atitude é pensamento de homem, é natureza humana e não é da vontade do Criador.