Talvez não avaliemos com o profundidade a decisão de Maria, a disposição e oferta de sua vida para cumprir a vontade de Deus. Pensando em suas palavras e o que fez. Talvez em nossos dias não tenha impacto algum. Mas o que ela fez e a decisão tomada, o risco que corria diante da lei e dos homens era a sua condenação e morte.

Podemos ler no evangelho de Lucas o sobre o seu posicionamento perante Deus: “Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus.  Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.  …” (Lcs 1:30-33), diante desta declaração, o que ela questionou? ” Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” (Lc 1:34), e depois do anjo explicar-lhe, o que falou? ” Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. … ” (Lc 1:38).

O que Maria demonstrou e o que revela a sua atitude? Olhando o seu exemplo, seríamos nós capazes de nos oferecer a Deus com tamanho grau de risco perante os valores e leis? Se corrêssemos risco de morrer, seríamos capazes de nos oferecer a Deus para realizar a Sua vontade? Temos nos portado segundo o seu exemplo e atitude? Ou temos sido questionadores e não sabemos nos oferecer a Deus nem nas coisas simples de nosso dia a dia para revelá-Lo?

Ela foi um exemplo de jovem, mulher e mãe, isto não podemos negar. Ela foi um testemunho de uma pessoa que arriscou e se ofereceu para que Deus realizasse o Seu propósito por meio de sua vida, e nós? Como mãe o que ela sofreu, o que padeceu, não tenhamos nem idéia do seu sofrimento e dor, mas soube com toda sabedoria desempenhar o seu papel como progenitora, como mãe, e principalmente como serva do seu Senhor.

Sabemos que de nós é pedido a mesma oferta. Paulo escrevendo aos romanos fala que devemos nos oferecer a Deus, oferecer os nosso membros como um sacrifício, uma oferta a Deus. O que de fato isto significa para nós? Nada? Se estas palavras não tem qualquer significado para nós estamos longe de compreender a vontade de Deus, Sua natureza e Sua forma de operar. Precisamos aprender a imitar atitudes como de Maria, e que foram atitudes que revelam a natureza de Deus. Pois Jesus teve a mesma atitude ao se oferecer em nosso favor. Da mesma maneira que Ele, precisamos também nos oferecer para que a vontade de Deus se realize por meio de nossas vidas.

Esta atitude é uma obrigação? Não. É simplesmente uma expressão natural quando compreendemos a natureza de Deus, o que Ele fez por nós. Temos que basear a nossa vida em exemplos e atitudes como a de nosso Senhor, de Maria, de Pedro, Paulo e tantos outros. Pessoas abriram mão da segurança, do conforto, da preservação própria em favor do outro. Assim como eles, tendo esta “nuvem de testemunhas” como o autor da carta aos Hebreus menciona, nos oferecer a Deus para que o Seu querer seja expresso através de nossa vida como instrumento para a honra, louvor e glória do nome de nosso Deus.

A oferta não é uma obrigação, mas algo voluntário, onde expressa o conhecimento, maturidade e desejo de servir, ser luz e revelar a natureza e as virtudes de Deus entre os homens.

Não podemos ser egoístas, não podemos querer preservar a nossa vida, mas devemos, como fihos, revelar a natureza de Deus, a Sua vida entre os homens, sendo luz, sendo sal, levando misericórdia, compaixão, graça, bondade perante todos os homens, assim como Maria, assim como o Senhor.

Como nos oferecemos? Rejeitando as atitudes egoístas, posturas de orgulho e arrogância, cumprindo o sermão da montanha para que haja o revelar da vida de Deus entre os homens.