No evangelho de Mateus, no momento que Jesus entrega o seu espírito, lemos: ” Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; …” (Mt 27:51).
O que podemos aprender sobre a entrada, sobre o acesso de todos, que era mérito de alguns e agora está liberada a todos as pessoas, independente de sexo, idade, escolhas e opções pessoais. Foi liberado o acesso a todos, todos os pecadores, mas qual é a condição para o acesso?
Precisamos entender a realidade espiritual a que somos inseridos por meio Jesus Cristo, com Sua morte na cruz, e precisamos compreender qual o papel que desempenhamos ao materializarmos neste mundo toda a realidade espiritual de transformação que foi realizada em nossa vida pelo nosso Deus.
Na cruz, morremos com Cristo, quando O reconhecemos como Senhor e Salvador, como o único caminho ao Pai, e através da Sua morte, Seu sangue derramado, somos purificados, santificados de todo o pecado, independente do tipo de pecado. O sangue vertido, e somente o sangue do cordeiro que nos purifica e nos permite acessar a presença de Deus, é através do sangue que permanecemos na presença de Deus, não é mérito nosso, não depende de obras que realizamos, mas, única e exclusivamente do sangue. E é este sangue que nos torna santos, inculpáveis e irrepreensíveis diante de nosso Deus e Pai, nada mais.
Tendo esta consciência, tendo este entendimento sobre esta realidade espiritual, de santificação, de termos recebido um novo coração, coração segundo o coração do Pai (Ez 11:19; 36:26). Tendo esta consciência, tendo a convicção (fé) que fomos feitos novas criaturas (2 Co 5:17; Gl 6:15), precisamos entender que temos que materializar esta realidade espiritual neste mundo onde estamos, no meio em que vivemos para que Deus seja glorificado, para que as nossas vidas sejam para louvor e glória do Seu nome.
Como materializamos a realidade espiritual, a transformação que Deus realizou em nós? Pela santificação, pelo ato de transformarmos as nossas ações em procedimentos santos, na atitude de compreendermos que esta é a nossa carreira e que temos que corrê-la, nos desembaraçando de todo peso e pecado.
O que necessitamos entender é que a santificação não é para alguns, mas para todos, todos os santos, todos os que se submeteram a Cristo e não existe pecado grande ou pequeno, mais crítico e menos crítico, qualquer um, qualquer atitude que seja diferente da natureza e das virtudes de Deus precisam ser abandonados, desde uma mentira até um assassinato, não importa. Não podemos e nem guiamos as nossas vidas pelos valores deste mundo, mas por valores eternos, por isso a acepção de pessoas, o desprezar pessoas é tão pecado quanto matar, pois qualquer destes são contrários à natureza de nosso Deus.
Precisamos entender e compreender que a santificação de nossos atos não é uma coisa que ocorrre da noite para o dia, e nem depende de Deus remover, mas, de nossa atitude e de lembrarmos que morremos na cruz, morremos para o pecado e que ele não nos domina mais, pois fomos libertos.
Mas, temos que compreender que é um passo por vez, uma queda por vez, um levantar por vez e a única coisa que não podemos fazer é desistir. Pois não somos dos que desistem, mas, dos que perseveram, e fazemos isso, como expressão do amor de Deus, de gratidão e do desejo ardente Dele de se manifestar em nós e através de nós para que pela santificação de nosso procedimento, possamos santificar outras vidas, levando-as ao conhecimento do Criador que conhecemos, como instrumentos de reconciliação das pessoas com Deus.