Tudo é lícito?

Fomos chamados à liberdade, fomos feitos livres do domínio e poder do pecado. Deus nos chamou à liberdade, mas o que significa ser livre? O que significa esta liberdade? Fazer tudo que achamos que devemos fazer? Fazer tudo que vem à nossa mente?

Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto afirma: “Todas as coisas são lícitas,  mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Co 10:23) e também escreve: ” Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.  Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus,  assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.  Sede meus imitadores,  como também eu sou de Cristo. ” (1 Co 10:31-11:1).

O que deduzimos? Qual o nosso entendimento? O que significa a liberdade que temos em Cristo? Fazer o que queremos?

São estes conceitos segundo a natureza de Deus que precisamos entender. Quando pensamos que podemos fazer e não nos preocupamos com os outros, com o impacto que nossas ações e palavras provocam na vida deles, então, estamos sendo imaturos, crianças espirituais que não compreenderam o amor e nem a natureza de nosso Deus. Estamos sendo egoístas e pensamos somente em nós mesmos. Não agimos em favor do outro, não revelamos o amor de Deus em nossas atitudes e nem estamos proclamando as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua luz. Por isso, precisamos entender que tudo pode ser feito, mas nem tudo convém, devemos sim, antes pensar no impacto das nossas ações e pensamento na vida daqueles que estão próximos de nós.

A nossa maturidade, o nosso conhecimento de Deus não está no que conhecemos e decoramos de Sua palavra, mas no quanto somos capazes de transformar este entendimento teórico em experiência prática que leva as pessoas ao amadurecimento e à compreensão de quem somos pelo que revelamos. Sermos imitadores de Paulo, como ele nos convoca, de fato significa ser imitador de Cristo. Como maduros e experientes que somos, não devemos agir como os prosélitos, mas convocar as pessoas para imitar as nossas ações, pois somos imitadores de Deus como filhos amados.

Tudo é lícito? Sim, mas nem tudo convém. Devemos conduzir a nossa vida pela lei do amor, pela expressão de compaixão e amor pelas vidas. Devemos sim, fazer tudo que seja bom para a edificação, que levem as pessoas ao conhecimento de Deus e ao amadurecimento perante o Pai. Nosso papel, como filhos, tendo o entendimento de tudo que recebemos é sermos modelos para os outros de maneira que todos cheguem ao conhecimento pleno da vontade do Pai.

A verdadeira liberdade está no fato de compreendermos e fazermos as escolhas que revelam quem somos. Ou seja, não deixarmos a nossa vida ser guiada por valores humanos, naturais segundo o curso deste mundo, mas sermos guiados por valores eternos, segundo a natureza e o coração do Pai. Demonstramos a verdadeira liberdade quando em nossos atos, revelamos os atos de Deus. Quando diante das situações escolhemos revelar a virtude de quem nos chamou para o Seu reino, preocupados com o crescimento e amadurecimento do irmão.

Somos responsáveis, sim, pela vida uns dos outros, pelo crescimento e amadurecimento de cada um perante o Pai. Somos responsáveis pela edificação da casa de Deus, tanto como pedras vivas, como exemplo, como líderes, como conhecedores de Deus. E devemos nortear nossas ações para que todos, todos, sem exceção, cheguem ao conhecimento de Deus por meio de nossa vida.

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Tudo é lícito