Tudo é uma questão de entendimento, de compreensão de quem somos. A ignorância sobre a obra de Deus, transformar a vontade de Deus, em religiosidade nos afastam do Deus vivo, do Seu plano e do entendimento do porquê devemos produzir frutos que revelam quem somos. Precisamos compreender que sendo feito filhos, libertos do poder do pecado, nossa vida deve ser voltada inteiramente para revelar a verdade do reino, para proclamarmos o evangelho de Deus, manifestarmos Jesus Cristo entre os homens. Tendo esta consciência de libertação, de reconciliação, temos como Paulo afirmou que produzir frutos para a santificação, pois é a expressão da vida eterna do Criador que recebemos: ” Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 6:22-23).
Produzimos frutos para a santificação, ou seja, os nossos procedimentos são santos, por causa de quem somos, da obra de Deus, da libertação recebida por meio de Jesus Cristo que se ofereceu para cumprir a justiça de Deus. Sua oferta, Sua morte na cruz, tem por objetivo trazer a libertação, a consumação da justiça divina, oferecendo reconciliação e vida aos homens.
Na cruz nós morremos com Cristo. Quando compreendemos que morremos, então, entendemos, que em Cristo devemos, com a nossa morte com Ele, viver em novidade de vida. Morremos para o pecado, não somos mais escravos do pecado, fomos feitos servos de Deus. Na cruz o velho homem foi crucificado, estamos justificados do pecado para vivermos para o reino de Deus, para revelar por meio de nossos membros a justiça e a vida de Deus (Rm 6:3-4; 6-8). Se com Cristo morremos, com Cristo viveremos em novidade de vida, andando segundo a Justiça de Deus, assim não pode haver mais uma oferta para o pecado, não podemos ser servos do pecado, não podemos mais nos submeter ao pecado, pois fomos comprados por preço, fomos resgatados da escravidão do pecado para vivermos para Deus. O pecado não pode ser uma constante em nossa vida, não podemos ser dominados por ele. Esta consciência de morte para o pecado e vivos para Deus, tem que nos levar à compreensão da razão de como viver neste mundo. Não podemos oferecer os nossos membros ao pecado, pois não somos mais seus escravos, mas devemos oferecer os nossos membros como instrumentos da justiça de Deus, para revelar a vida, a salvação, os valores e virtudes do reino de Deus (Rm 6:10-14).
Quando compreendemos a salvação, a reconciliação, a libertação, passamos a entender as palavras de Paulo que não podemos nos oferecer ao pecado, como está escrito: ” Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?” (Rm 6:16).
Os frutos da santificação se revelam nas atitudes e obras que realizamos, em como vivemos, na consciência de quem somos. A compreensão clara da salvação, de que recebemos da vida de Deus, da Sua natureza, nos leva a empenharmos na salvação, no fazer morrer a natureza humana para que a vida de Deus se revele em nós através de nossos corpos. Assim, quando nos empenhamos no processo de santificação, quando corremos a carreira rumo ao nosso destino, a semelhança com o Senhor, os frutos que iremos produzir são frutos de quem conhece a vida de Deus, pois revelaremos através de nossos membros a vida e a justiça de Deus que foi cumprida em Cristo Jesus na cruz para que pudéssemos ter vida e viver o Seu reino neste mundo.
Não temos outra razão para viver que não seja revelar o reino de Deus.