Conhecemos pela palavra, conforme autor da carta aos Hebreus que “sem fé é impossível agradar a Deus,… ” (Hebreus 11:6) e que Jesus é o início e o fim de nossa fé, como está escrito: ” olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus,… ” (Hebreus 12:2), e também lemos que ” …; e tudo o que não provém da fé é pecado.” (Romanos 14:23), e que a manifestação da fé se dá através de obras: ” …, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:26), que é a revelação de quem somos.
Precisamos compreender que o aperfeiçoamento, a santificação, o empreender na carreira proposta, na santificação de nossos atos, não está no objetivo de provarmos quem somos, não é uma questão de provar, mas sim, de revelar o que Deus fez e determinou, o que somos. A santificação tem o firme propósito de revelar a Deus, de manifestar a Sua vida por nosso intermédio, não individualmente, mas por meio da igreja, do corpo, pois é através do corpo que o nosso Senhor Jesus é revelado ao mundo, e a multiforme sabedoria de Deus manifesta a todo principado e potestade.
O aperfeiçoamento não é uma questão de empenharmos por nós mesmos, mas de sermos cooperadores de Deus para concluir a obra que Ele já realizou em nós. Precisamos para que o aperfeiçoamento se concretize, que haja a consciência, a convicção da obra realizada por Deus em nós. Se não houver esta convicção, todo o esforço se dará na carne, no andar segundo o nosso procedimento, no cumprir de doutrinas e regras e não em uma convicção firmada em Deus. O sustentáculo para o amadurecimento, crescimento e aperfeiçoamento é por meio da fé.
E esta fé se origina em Deus, revelada em Jesus Cristo e se volta para Ele, por isso Jesus é o autor e consumador de nossa fé. A fé tem origem na palavra revelada de Deus e não em nós. Quando achamos que a fé se origina em nós, é porque pensamos que de nós pode sair alguma coisa boa e terminar em Deus. Isto não é fé, isto é simplesmente crença. E aí, iniciamos e estabelecemos expectativas que nunca vão terminar em Deus, mas em frustrações, derrotas e não no realizar e revelar as Suas obras. Precisamos entender que a fé não provem de nós e nem nasce em nós mesmos. Mas em Deus e volta para Ele. Ela se revela em Jesus Cristo. Ele é o nosso modelo. Ele nos dá o exemplo de como viver. A grande questão que precisamos entender que não se trata de ver as nossas expectativas e pedidos atendidos, mas sim, de compreendermos a vontade de Deus, de ter esta revelação e nos submeter à Sua vontade e não na manutenção dos nossos desejos e vontade.
Quando compreendemos que temos que nos submeter, que temos a convicção do que Deus deseja, do que faz e nos concede para vivermos a Sua vontade, e abrimos mão do que somos, do que desejamos, de nossas expectativas e que tudo que passamos, tem um único propósito que é o aperfeiçoamento, a santificação, para sermos vasos úteis ao nosso Deus, então não nos frustraremos, não ficaremos desapontados e o conceito de sucesso não está no resultado, mas no entendimento, na motivação e no submeter a vontade do Pai. A questão então passa a ser não o que alcançamos nem o que fizemos, mas a motivação, a fundamentação de como e do porquê fizemos. Se cumprimos, se realizamos porque era a vontade revelada do Pai, então nossa vida está fundamentada na razão correta, e compreenderemos que não se trata de expectativa, mas de cumprir a Sua vontade.
E precisamos compreender que tudo que fazemos, o porquê fazemos está fundamentado na fé que se origina no Senhor e termina Nele, e é para Ele. Qualquer coisa que façamos que não provêm de fé, é pecado e está fora da vontade de Deus.
A revelação da nossa fé está nas obras que realizamos. Porque é através das obras que manifestamos quem é Deus, assim com o Jesus disse a Felipe que quem o visse estaria vendo o Pai, assim deve ser conosco. Por que? Por causa das obras, as obras que realizamos tem por fundamento revelar Deus. Precisamos entender que obras são as nossas ações e atitudes.
E assim quando olhamos o sermão da montanha que revelam as obras de Deus, sabemos que são factíveis, paupáveis, pois podem ser realizadas em Deus, e não na carne. E a convicção disto está na fé que provêm de Deus e não tem origem em nós mesmos, mas no Senhor.
Quando olhamos a Jesus como modelo, como fonte do propósito e da vontade de Deus, e temos a convicção do que o Pai deseja que revelemos ao mundo, então nos empenhamos nesta carreira, tendo Jesus como modelo, fazemos isto por fé, na convicção das promessas reveladas do Pai, nos submetendo à Sua vontade e Seu querer e não no que esperamos para nós, mas unicamente no cumprir do desejo do Pai, mesmo que implique em perdemos tudo para este mundo, pois buscamos algo superior, uma pátria celestial, a revelação e o cumprir da vontade do Pai.