Tornar praticante da palavra

” Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” (Tiago 1:22).

Estas palavras de Tiago precisam soar bem fundo em nosso coração, nossa mente; pois nelas estão a verdadeira expressão de amor, de entendimento que temos da vontade do Pai para a nossa vida.

Tornar praticante da palavra é materializarmos o reino de Deus neste mundo, é a convicção do que não vemos manifesto por meio de nossa vida, alcançando corações e vidas, levando e revelando o reino de Deus onde estivermos, é isto que precisamos entender. O tornar santo o nosso procedimento, a confirmação de nossa vocação e eleição se dá pelo cumprimento, pela prática da palavra, pela manifestação das obras que estão expressas na palavra.

Quando somente ouvimos a palavra e não nos empenhamos na sua prática, no processo de santificação,  estamos sendo meramente religiosos. Podemos dominar a palavra de ponta a ponta, saber onde está cada passagem, cada texto, recitar cada sílaba, mas, se estas palavras não tem impactado e nem transformado as nossas vidas, temos sido meramente teóricos e expressamos um conhecimento sem fé, revelamos somente letra e não há a manifestação do Espírito. É uma fé morta, uma fé sem obra, é uma fé que não revela o conhecimento de Deus. E isto não é fé, mas somente crença religiosa, pois não opera, não realiza e não transforma.

O empenhar para ser praticante da palavra que lemos e ouvimos é fundamental na jornada de amadurecimento e de nos transformarmos à semelhança de Jesus. Jesus disse que a sua comida era fazer a vontade do Pai, e este, também, deve ser o nosso propósito de vida, pois quando transformamos a palavra em ações, em obras, o que estamos fazendo é revelando o reino, manifestando a vontade do Pai, cumprindo o seu querer e expressando amor, o verdadeiro amor, a Deus e aos homens.

Como nos transformamos em praticantes da palavra? Quando compreendemos quem somos, quando entendemos a capacitação recebida e a natureza que recebemos do Criador e entendendo que se trata de uma jornada de amadurecimento e crescimento espiritual. Isto é, deixarmos de ser crianças e nos transformarmos em pessoas maduras espiritualmente para cumprir os propósitos de Deus.

Já temos discutido as obras e ações, mas podemos citar outra que devemos revelar em nosso dia a dia que demonstram que temos sido praticantes da palavra e não meros ouvintes, como: suportar com perseverança as provações, pois temos a convicção, resultante das promessas do Pai, que não estão acima de nossa capacidade de suportar e que são meios de aprendermos sobre o querer e o desejo Dele para a nossa vida.

Devemos nos despojar de toda impureza e acúmulo de maldade, ou seja, esvaziar, jogar fora, rejeitar em nossa vida, tudo que carrega da natureza humana que herdamos em nosso viver neste mundo. Lembrar que o fundamental é praticarmos a palavra e não sermos meros ouvintes. Não devemos fazer acepção de pessoas, pois quando o fazemos estamos cometendo pecado (vivendo de forma contrária à natureza de Deus). Não devemos deixar um irmão passar necessidade, temos a obrigação de repartir com ele o que temos.

Não devemos ceder à tentação de “falar”, “comentar” sobre a vida dos outros, pois isto é maledicência. Não é na maioria da vezes, uma questão de edificação, mas informação pela informação da vida do outro sem trazer qualquer edificação, isto é pecado, destrói relacionamentos e comunhão. Pois muitas vezes não estamos abençoando, mas maldizendo. E de uma mesma boca não pode proceder as duas coisas. A inveja, o sentimento faccioso não podem fazer parte da nossa vida.

Não devemos nos ceder às tentações e desejos da carne que se voltam somente para atender as necessidades pessoais; pedirmos para nós mesmos para satisfazer os nossos desejos; não devemos pedir por coisas materiais, pois não fazem parte dos valores eternos. Não devemos buscar a amizade do mundo, o satisfazer os nossos desejos com foco em coisas deste mundo.

Devemos fazer o bem, e fazê-lo à todas as pessoas, independente de quem são e do que fazem, pois quando omitimos, estamos de fato pecando e vivendo de forma contrária ao querer de Deus.

Se somos patrão, se temos pessoas trabalhando conosco, não devemos reter com fraude o salário destas pessoas, isto não é justo e nem correto diante do Criador. As leis existem para serem observadas.

Entendemos o que é ser praticante da palavra? Não fomos chamados para falar da palavra, mas sim, para vivê-la, expressá-la em toda a intensidade por meio das obras que realizamos, pois estas, não só materializam o reino de Deus, mas falam de nossa fé, nossos valores e do conhecimento que temos do Criador.

Precisamos praticar a palavra, pois é somente através destas obras é que revelamos o reino de Deus, que manifestamos que somos expressão do Deus vivo, a carta viva, o bom perfume de Cristo, trazendo vida aos homens.

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Tornar praticante da palavra