Deus se fez carne, veio entre os homens para trazer a reconciliação, restaurar, trazer vida, libertação, entendimento e a compreensão das coisas espirituais.
Esperavam um rei, poderoso, um Messias, senhor da guerra que iria libertar do jugo de Roma, e estabelecer o seu reino; mas Deus, se faz presente entre os homens de uma forma diferente, para provar o nosso coração e trazer a verdadeira vida.
Em Isaías 53:2-7, podemos ler: “Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.“.
Um homem singular, que passou desapercebido pelos religiosos quanto a Suas palavras, promessas proferidas e cumprimento das promessas de Deus. Somente o viram como um agitador, subversivo que estava corrompendo os costumes, mudando as práticas e querendo derrubar todas as tradições. Não entenderam o seu papel, nem O reconheceram como o filho de Deus e como poderiam? Era totalmente diferente do que esperavam, por isso não viram e não compreenderam.
Jesus falou do seu papel no mundo, do cumprimento da profecia que está no livro de Isaias, conforme relatado em Lucas 4:18-19: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.“.
E nós? Temos agido como os religiosos? Como os sábios da época? Compreendemos a obra que Deus fez e a sua proposta como reino, como manifestação da Sua vontade entre os homens? Ou somos daqueles que ainda acreditam na religião, na religiosidade cheia de dogmas, práticas, liturgias que nada tem a ver com o reino de Deus?
Torcemos a vontade de Deus, transformamos experiência, vida, vida abundante, andar segundo os valores do reino, em práticas religiosas, onde o conhecimento humano procurou ajustar e adequar as coisas de forma a tranformar vida, reino, valores em práticas, procurando espiritualizar coisas materiais e temporárias deste mundo. Assim fundamos e começamos o que se chama de religião cristã. Ser cristão não tem nada a ver com a prática do cristianismo como podemos observar ao longo da história. Uso da força humana, o combate com armas deste mundo. Isto tudo que vemos e observamos não tem nada a ver com o reino de Deus.
O reino de Deus tem a ver conosco, com as nossas vidas, com transformação do nosso ser, em nos fazer novas criaturas, em recebermos um novo coração segundo os valores de Deus; por isso Jesus falou a Nicodemos, religioso em sua época, que era necessário nascer de novo, nascer do espírito. Também ele disse que o reino de Deus não viria em visível aparência, mas que estava em nós, no meio de nós.
O reino de Deus ainda está, e ainda permanece entre nós, e não tem nada a ver com a religião cristã que conhecemos; mas tem a ver com um compromisso pessoal, individual, que fazemos com Deus. Reconhecemos a nossa transgressão, o querermos viver a nossa vida isolada e individualmente, que não é o propósito de Deus. Reconhecemos nossa separação e a nossa necessidade de termos vida, de preenchermos o vazio. Foi isto que Jesus prometeu, vida abundante, paz, o saciar de nossa fome, de termos este vazio preenchido. Mas para termos isso, teríamos que nos submter a Ele, teríamos que reconhecer que Ele é o enviado de Deus, o filho de Deus, que morreu em nosso lugar para nos dar vida. É o negarmos a nós mesmos, morrer para a nossa vontade e nos sujeitarmos a Ele, seguindo-o, conforme os Seus valores.
Quando assumimos este compromisso individual com Deus, nos juntamos à Sua família. E nesta família, no Seu Reino, no que fazemos em conjunto expressamos a Deus. É através desta família que Deus se revela ao mundo. Ele se revela por causa do compromisso individual para que a expressão de Deus e seu reino se revele por meio das obras que fazemos. Nestas obras revelamos Seus valores e virturdes.
Deus entre os homens, não só em Jesus, mas através da igreja, o Seu corpo, Sua família, Sua assembléia, a comunidade dos santos, que tiveram e experimentaram a libertação provida pelo cordeiro de Deus.
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