Quanto pensamos que o que fazemos é suficiente, quando agimos como se orarmos, irmos ao culto ou a missa, lermos a bíblia, dedicarmos um tempo a meditação é suficiente; estamos enganando o nosso coração, estamos praticando obras que expressam religiosidade e não a verdadeira religião que Deus deseja. Como Tiago escreveu: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” (Tiago 1:26-27, BEARA).
O que expressa o verdadeiro louvor, culto e adoração a Deus não é o que professamos, não o que falamos; mas em como usamos a nossa língua e como praticamos as obras de justiça segundo as virtudes de Deus. E não é só uma questão de fazer obras; mas sim, na motivação que fazemos as obras. Pois se praticamos para sermos justificados, para mostrar que somos bons, que merecemos a recompensa de Deus; então estamos fazendo equivocadamente.
A verdadeira vida com Deus, a verdadeira religião está no fato de agirmos, de praticarmos as obras que expressam aquilo que Deus é, isto é, as virtudes do Criador. Mas, o que manifesta as virtudes de Deus? As obras de justiça, a expressão de misericórdia, a mansidão, a longanimidade, a paciência, a compaixão, o revelar graça diante das atitudes dos homens. Precisamos entender que a verdadeira expressão de amor, de culto, de adoração, de louvor e honra ao nome de nosso Deus, está não no que falamos; mas sim, na confirmação de nossas palavras pelo que fazemos, por como vivemos e especialmente, por como nos relacionamos.
Nos relacionamentos é que podemos expressar as virtudes de Deus. Se o que manifestamos nos nossos relacionamentos são as obras da carne e não as que expressam a natureza de Deus; então não estamos praticando as obras de Deus, e nem expressando as suas virtudes.
Precisamos do entendimento que não é só uma questão do que falamos; mas sim, e principalmente, do que fazemos, com base no que falamos. Se carregamos em nossa boca palavras frívolas, fúteis, maliciosas, não necessitamos nem discutir o quanto carecemos do conhecimento e compreensão de Deus e Sua vontade; pois como Jesus falou, o que sai da nossa boca é o que contamina, pois é o que vem do coração. Agora se o que expressamos são palavras que glorificam a Deus, então precisamos olhar as nossas obras e verificar se elas estão alinhadas com as palavras que proferimos. Se as nossas palavras são confirmadas pelas nossas obras, e se a motivação que nos leva a fazê-las, não está na busca de nossa justificação; mas somente no glorificar a Deus, estamos no caminho que agrada a Deus; caso contrário, teremos de rever e julgar a nós mesmos em tudo o que estamos fazendo.
Nossa vida está em Deus e é para Ele. Temos, como cidadãos do Seu reino, expressar toda a sua vontade neste mundo de maneira que o seu nome seja glorificado e exaltado, não pelo que falamos; mas sim, pelo que fazemos. Somos filhos, sacerdotes, embaixadores, reconciliadores dos homens com Deus, carta viva, a boa fragância de Cristo. E por isso, nossa vida somente faz sentido, se expressamos as virtudes de Deus no que fazemos em nosso dia a dia.