Deitado em berço esplêndido

Ai dos que andam à vontade em Sião e dos que vivem sem receio no monte de Samaria, homens notáveis da principal das nações, aos quais vem a casa de Israel!” (Amós 6:1, BEARA). “Vós que imaginais estar longe o dia mau e fazeis chegar o trono da violência; que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comeis os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa ao som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores. ” (Amós 6:3-7, BEARA).

Quando olhamos a igreja cristã, sejam elas denominacionais ou em casas, em células, salvo exceções, o que vemos? Um povo voltado para si mesmo, um povo que tem esquecido do seu papel neste mundo, que tem preocupado com os valores deste mundo, preocupados com o conforto, dispendido dinheiro no que é temporário, focados no egoísmo pessoal e não repartem com o necessitado, que não experimentam do exercício da misericórdia e compaixão. Uma igreja que não está preocupada com o seu papel neste mundo.

Temos construidos prédios cada vez mais confortáveis, cada vez maiores, mesmos os mais simples tem buscado o conforto, expansão, procurando demonstrar uma visão de prosperidade segundo os olhos e pensamento do mundo. Temos esquecido o propósito da igreja neste mundo, a razão de ser do evangelho. Mesmo igrejas em casas que não estão focadas em prédios, tem esquecido do fundamento do evangelho, das boas novas, da proclamação do reino de Deus, da expansão do reino, da multiplicação.

Temos fugido, consciente ou inconscientemente do fundamento da vida cristã, do servir, do ser sal nesta terra e luz neste mundo, temos voltado para nós mesmos; e feito muito pouca ou quase nenhuma diferença neste mundo, temos sido, simplesmente, mais uma religão.

Voltar a origem, voltar ao primeiro amor, a sua razão, a sua essência é extremamente importante para igreja. Os líderes precisam compreender isto e mudarem a forma de pensar, a sua atitude perante o compromisso com Deus e com o cabeça da igreja que é o Senhor Jesus. Este compromisso individual deve expressar no coletivo a verdadeira cultura e razão de ser da igreja neste mundo. Não existimos como instituição, como sistema para buscar os nossos interesses. Estamos neste mundo para revelar o reino de Deus, para mostrar ao mundo as virtudes daquele que nos chamou das trevas. Existimos para apregoar a libertação aos cativos, restaurar a visão aos cegos. O papel da igreja é ser sal nesta terra e luz neste mundo. Se não estamos cumprindo este papel para nada servimos a não sermos lançados fora.

É hora de acordamos, de arrependermos de nosso pecado, nossa postura e atitude perante o Criador. É hora de ouvirmos a voz de nosso Senhor e fazer o que Ele recomenda: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Apocalipse 3:18-20, BEARA).

Precisamos lembrar que não somos o dono da igreja, não somos os que determinam o que e como deve ser feito; mas podemos agir como prudentes construtores, e toda obra que fizermos; devemos realizar sobre o fundamento que é Jesus, o único dono da igreja, com valores eternos e não temporários.