O que significa “conhecer a Deus”?

As palavras que o rei de juda ouviu do profeta Jeremias, da parte de Deus, foi: “Reinarás tu, só porque rivalizas com outro em cedro? Acaso, teu pai não comeu, e bebeu, e não exercitou o juízo e a justiça? Por isso, tudo lhe sucedeu bem. Julgou a causa do aflito e do necessitado; por isso, tudo lhe ia bem. Porventura, não é isso conhecer-me? — diz o Senhor. Mas os teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua ganância, e para derramar o sangue inocente, e para levar a efeito a violência e a extorsão.” (Jeremias 22:15-17, BEARA)

Achamos que conhecimento, que religião, que contribuir com obras sociais é suficiente para demonstrar que conhecemos a Deus? Não, estas coisas não são suficiente. Como sabemos que conhecemos a Deus?

O conhecimento de Deus é resultante dos frutos que produzimos, das ações que realizamos; e estas obras, devem estar associadas a motivação correta. Ninguém, mas ninguém mesmo é capaz de julgar e saber a motivação pela qual fazemos as coisas. Podemos fazer grandes obras, podemos realizar grandes ações; mas se a motivação que está em nosso coração (conhecida por nós e pelo nosso Deus) tem por objetivo trazer o mérito e glória para nós mesmos; não é esta agradável e nem aceitável na presença de Deus; embora seja uma boa obra para os homens. Ou, se o que fazemos tem o intuíto de nos justificar diante do Criador, para mostrarmos o quanto somos bons e merecedores da salvação de nossa alma; então, estamos agindo de forma diferente da vontade de Deus e isto que fazemos é orgulho.

Agora, se extorquimos, se não pagamos salários e nem o direito dos que trabalham conosco conforme prescreve a lei trabalhista, se omitimos o direito do pobre e necessitado, se somos incapazes de repartir, de suprir a necessidade do próximo, se somos egoístas e buscamos somente o nosso interesse, se agimos somente em nosso favor, e em favor dos “nossos amigos”; estamos longe da justiça de Deus e do que Jesus ensinou sobre amar ao próximo como a nós mesmos.

Deus não busca justos, não busca religiosos para fazerem parte do reino de Deus; mas sim, pessoas que reconhecem que estão separadas, longe da graça, rebeldes ao seu plano; e que estão dispostos a submeter a sua vontade, entregar suas vidas, morrer na cruz para viver a vontade de Deus. Que reconhecem que não existe obra, não existe ação que possa ser feita para merecimento da reconciliação; e sim, que tudo isso provem da sua graça e do seu amor por nós.

Tendo recebido a salvação, a reconciliação pela graça, mediante a fé, tendo sido feito filhos de Deus; então nos colocamos em suas mãos, submetemos a sua vontade; para viver o seu querer, para expressar a sua vida neste mundo, para ser sal nesta terra, para ser luz neste mundo; para ser expressão do Deus invisível entre os homens.

Viver segundo o coração de Deus, revelar em nossas obras, a vida de Deus, é demonstrarmos compaixão, amor, misericórdia e graça, este é o verdadeiro conhecimento de Deus. Conhecer Deus não são palavras bonitas proferidas; mas sim, ações que revelam a justiça, a graça e o amor de Deus pelos homens. Estas ações representam o verdadeiro conhecimento do Criador.