Poder e autoridade no Espírito Santo

Precisamos compreender a questão da autoridade e poder a nós concedido no Espírito Santo.  Este poder e autoridade não tem nada a ver com os valores deste mundo. Não é uma questão de poder e autoridade segundo o pensamento do homem que envolve domínio sobre as pessoas.

Toda autoridade vem de Deus, e é a nós concedida com um propósito. Somos designados como representantes de Deus, como embaixadores do reino para proclamarmos as virtudes (sermos testemunhas) daquele que nos chamou para o seu reino e glória, como Pedro escreveu em sua carta: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9, BEARA)

A vida de Deus se revela em nós quando nos alimentamos e vivemos inseridos em nosso Deus. Não temos vida em nós mesmos, e não podemos viver por nós mesmos; mas sim, arraigados, alimentados pela vida que vem de Deus, como Jesus falou: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:53-54, BEARA)

Quando Jesus falou isto, ele não estava falando da ceia, mas sim, de alimentarmos da sua vida, da vida que procede do trono de Deus, que nos leva a viver segundo o coração e a natureza de Deus, como ele falou: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:1-5, BEARA)

Por isso, tendo da vida de Deus, por permanecer no Senhor, tendo recebido da natureza de Deus, precisamos compreender que fomos capacitados para expressar Deus em todos os nossos atos: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,” (2 Pedro 1:3-4, BEARA)

Por isso, tendo o entendimento da capacitação, de termos sido abençoados com toda sorte de bênçãos, conforme está na carta de Paulo aos Efésios: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória. ” (Efésios 1:3-14, BEARA)

Precisamos compreender que a autoridade e poder não está relacionado a expulsar demônios, curar enfermos, manifestarmos milagres, falarmos em línguas; mas sim, na capacitação recebida para expressarmos a natureza de Deus, a vida de Deus por nosso intermédio.

A autoridade e o poder estão relacionados em não vivermos uma vida segundo o pensamento deste mundo, não presos a este mundo; mas livres, livres pelo sangue de Cristo, para revelarmos o reino de Deus em nós e através de nós.

O poder e a autoridade estão relacionados na capacitação recebida para expressarmos Deus, toda a vida de Deus entre os homens, como embaixadores, estamos neste mundo para sermos intermediários de Deus, representantes de Deus, como se o próprio Deus estivesse presente. Isto que precisamos entender como embaixadores, como representantes do reino de Deus, como Paulo afirmou: “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (2 Coríntios 5:20, BEARA)

Tendo este entendimento de quem somos, do que recebemos de Deus, onde fomos inseridos, onde Ele nos colocou, na capacitação recebida; precisamos entender o que Jesus falou quando afirmou: “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.” (Mateus 10:40, BEARA)

Perante os homens, temos o poder e a autoridade pelo Espírito Santo, para falar em nome do Pai, em nome do Filho. Fomos feitos filhos para revelar Deus, para expressarmos tudo o que é o nosso Deus aos homens e assim, cumprimos o que Jesus determinou: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. ” (Mateus 28:18-20, BEARA).

Para cumprirmos este papel precisamos estar cientes da libertação recebida, de que o pecado não tem poder sobre nós, que não somos mais escravos de qualquer atitude, ação que seja contrária a natureza de Deus e que pela santificação podemos revelar a natureza de Deus a todos os homens.

Manifestamos o poder e a autoridade quando revelamos os frutos do Espírito Santo, que nos são concedidos. E os frutos revelamos quando morremos para a natureza humana, quando morremos para nós mesmos, quando negamos a nós mesmos, para vivermos a vida e a vontade de Deus, por isso, precisamos olhar as nossas vidas e avaliar se temos revelado os frutos do Espírito:

Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (Gálatas 5:16-25, BEARA)

Queremos revelar o poder e a autoridade recebidos no Espírito? Então, precisamos revela e manifestar os frutos do Espírito. Para manifestarmos, precisamos morrer para nós mesmos; precisamos correr a carreira proposta, precisamos nos empenhar na santificação em direção ao nosso alvo, Jesus Cristo.

Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (1 Coríntios 9:26-27, BEARA)

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. ” (Hebreus 12:1-3, BEARA)