Podemos ver o momento da oração como um momento de foco, de pedido, de lamentação, de expressão com gemido, de estar sozinho com Deus, de interceder uns pelos outros, de clamar pelas almas perdidas, etc, etc. Mas qual o objetivo principal do momento de oração? O que devemos compreender deste momento? Qual deve ser o foco? No livro de salmos podemos ler: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” (Salmos 46:10).
Antes de despejarmos diante do Criador nossa lista de pedidos, clamores, lamentações, dificuldades e pedidos; este deve ser um momento de reconhecermos quem é o nosso Deus, de ouvirmos a sua voz; mesmo no silêncio; mesmo quando parece que não nos responde; mesmo quando parece distante.
É momento de lembrarmos suas promessas; de refletirmos sobre o seu propósito, seu querer para as nossas vidas e nos submeter, e nos colocar diante Dele como Isaías: “Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isaías 6:8).
É um momento de aquietar a nossa alma, de compreendermos e lembrarmos de todo o poder de Deus, de toda a Sua soberania, e mesmos diante de tudo isso; Ele ainda se preocupa com a quantidade de cabelos em nossa cabeça; não deixa que um pássaro morra sem o seu conhecimento. Estamos compreendendo? É um momento para aprendermos a descansar, a nos submeter, a reconhecer que somos dependentes, que dependemos de Sua graça, amor, bondade e principalmente, do Seu Espírito, para nos conduzir em toda a Sua vontade. Como Paulo, mesmo aprendeu do Senhor, que a Sua graça era suficiente.
Precisamos aprender aquietar a nossa alma, não podemos viver ansiosos, não podemos querer colocar o carro a frente dos bois. Ele tem cuidado de nós, Ele zela por nós. Reconhecendo isto, compreendendo o nosso Deus, Seu poder, graça, misericórdia; começamos a ver as coisas sobre outra perspectiva. No momento de oração, devemos refletir e repensar quem temos sido diante do Criador e de Suas preciosas promessas. Como temos agido e o quanto temos aprendido a descansar a sombra de suas asas.
Por isso, Jesus nos seus ensinamentos no sermão da montanha fala sobre isso. Não é para vivermos ansiosos sobre o dia de amanhã, não é para preocuparmos com o que vamos comer, vestir, e como estaremos; mas devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Buscar o Reino, não é viver da obra, como alguns proclamam; mas sim; vivermos cada dia para o Reino, como cidadãos do Reino; não se preocupando e nem vivendo de forma ansiosa; mas sim, fazendo o que nos é concedido fazer, dependendo e reconhecendo que podemos descansar, aquietar diante de Sua presença.
Deus nos chama, para no momento de oração, conhecermos a nós mesmos e conhecê-lo, compreender quem Ele é, e o seu cuidado por nós.
Tendo este entendimento; então podemos colocar diante de Sua face tudo o que nos preocupa; pois Ele, somente Ele, tem cuidado de nós. E a medida que amadurecermos, iremos mudando o foco de nossos pedidos e de nossas orações.
O momento de oração não é para simplesmente fazermos conhecido diante de nosso Deus o nosso desejo; mas sim, o momento de conhecermos o Criador, Sua vontade, Sua soberânia, Seu amor por nós, e compreendermos quem somos e o quanto dependemos Dele para honrar e expressarmos o amor por Ele; por isso, como fala o salmista: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.” (Salmos 46:10).