Consciência do perdão

A verdadeira expressão de amor está na atitude de honrar a pessoa amada. E amamos efetivamente, honramos, respeitamos, obedecemos a quem compreendemos ser digno destas atitudes. Quando assim não agimos, é porque não damos respeito, ou não compreendemos o que o outro fez por nós. Jesus contou a seguinte estória: “Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.” (Lucas 7:41-43, BEARA).

A grande questão que devemos levantar para nós mesmos é com relação a amarmos efetivamente ao Senhor ou não. Como podemos observar se amamos? Na própria palavra encontramos respostas; pois Ele disse que quem o amásse, obedeceria os seus mandamento. A verdadeira expressão de amor é manifesta pela obediência, por fazer o que agrada e é prazer para o outro. Fica nos a pergunta: temos obedecido ao Senhor? Fazemos o que lhe agrada? Ou continuamos a viver a nossa vida da mesma maneira que tínhamos antes de conhecer sobre o amor de Deus e a sua salvação?

Correspondemos ao amor de Deus por nós? Não, na maioria das vezes, nós não amamos a Deus como Ele é merecedor. Por que? Pelo simples fato de não termos consciência clara do perdão imerecido que recebemos por meio da cruz.

Se tivéssemos consciência da nossa condenação, na morte, da separação eterna, da nossa necessidade de Deus, da impossibilidade de reconciliar com Ele pelo nosso próprio esforço; talvez teríamos atitude diferente. Nos falta a comprenssão do Seu amor expresso na cruz. No abrir mão de quem era, no esvaziar de si mesmo para se tornar homem, vir, padecer em nosso lugar para cumprir a justiça de Deus e assim podermos ser reconciliados (recebermos a salvação da nossa alma).

Nos falta entendimento e compreensão do perdão imerecido que recebemos de Deus antes mesmos de tomarmos consciência que somos pecadores. Nossa falta de consciência nos leva a agir de forma imatura, egoista e que não traduz a vida e a justiça de Deus.

Precisamos compreender, ter consciênciado do perdão recebido na cruz; Aprender a enxergar que a nossa dívida com Deus é impagável, e que não tem nada que possamos fazer neste mundo que possa nos levar, pelo nosso próprio esforço, a nos reconciliar com Deus. Somente a consciência de nossa situação perante Deus, é que pode nos levar a nos submeter ao Criador, a sua vontade e a buscar o seu querer.

A nossa expressão de amor e consciência do perdão recebido é expresso pelas nossas atitudes, ações e quanto vivemos de forma aderente a Sua vida e a natureza, revelando por meio de nossos membros a Sua vontade e a Sua vida. Obedecemos os seus mandamentos? Temos consciência do pecado e continuamos na sua prática? Se sim, não temos o entendimento claro de nossa natureza pecaminosa, do perdão e amor recebido; e na nossa atitude demonstramos que não amamos ao Senhor

Devemos, de todo o coração, com todo empenho, buscar a santificação e sermos expressão de Deus neste mundo, sermos seus imitadores, sermos cartas vivas, sermos o bom perfule que exala a fragância de Cristo, levando vida aos homens. Se assim, não vivermos; então precisamos amadureceder, crescer, ter consciência do perdão recebido; caso contrário seremos somente religiosos e formaremos prosélitos.