Muitas vezes nos preocupamos com a quantidade, com o esforço dispendido; mas não nos preocupamos com a motivação, a razão, o que nos norteia a fazer as coisas. No caso da viúva pobre temos do Senhor um direcionamento sobre o que é importante: “Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento. ” (Marcos 12:44, BEARA).
Todos deram muito, colocavam no gazofilácio grandes somas. E de repente, vai uma viúva e coloca duas moedinhas. Aos olhos dos homens quem fez mais? Quem mais se esforçou? Quem merece mais recompensa? Todos os outros que deram grandes somas; já a viúva, ela contribuiu com uma parte insignificante. Mas e para Jesus? Ela deu mais que todos os outros. Por que? Por que, como ele comentou: ela deu tudo o tinha, os outros, o que sobrava.
E refletindo sobre a nossa vida? Como tem sido perante o reino de Deus? É um pedaço? É uma parte? Ou de fato, ao pé da letra, o reino de Deus tem sido tudo para nós? Em tudo que fazemos, em tudo que somos e manifestamos, o nosso trabalho, o nosso salário, o serviço que realizamos, os relaciomentos que temos, a nossa família (esposa e filhos), em tudo temos, manifestamos, proclamamos e confensamos que somos do reino de Deus, ou do mundo? Ou nossas vidas quanto ao reino, tem sido somente o momento do culto e reuniões semanais?
Se não temos a consciência do reino de Deus em todas as coisas, temos, de fato, dado do que sobra de nosso tempo, de nossa vida para o reino de Deus. Se o nosso foco no reino está resumido ao momento do culto, isto representa menos de 3% do nosso tempo na semana. É muito pouco para afirmarmos o quanto o Ele é importante para nós.
Precisamos da consciência clara e termos o entendimento esclarecido sobre o que significa buscar o reino de Deus em primeiro lugar. Por exemplo: trabalhamos para ganhar o pão, para termos o salário e para sermos promovidos? Não, trabalhamos para testemunhar, para revelar em nossos relacionamentos, nas atitudes os valores do reino a todos os homens. Nas nossas palavras, nas ações, nas atitudes, temos e devemos revelar os fundamentos do reino e da vida de Deus. Quando no trânsito, quando andando na rua é para nos deslocarmos de um lugar para outro? Sim, mas este é o objetivo secundário, o mais importante é revelarmos, quando fazemos isso, o reino de Deus. Ou seja, se nos fecham, como respondemos? Se nos xingam, qual a nossa atitude? Se estamos na rua e alguem necessita de ajuda, o que fazemos? Viramos o rosto para o outro lado, ou damos a ajuda que necessita? Na escola, em casa, com a esposa, com os filhos?
Estamos entendendo o que seja dar do que sobra ou dar o tudo que temos e somos? Precisamos ter claro em nossa mente o que é importante, o que é prioritário, o motivo de fazermos as coisas, o porquê fazemos isso ou aquilo.
Termos o entendimento que o reino de Deus está em nós, e que o nosso papel, como embaixadores de Cristo, cidadãos do reino, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus é revelarmos o Seu reino em tudo o que fizermos e falarmos. Não existe outra prioridade, não existe outra razão de vivermos e sermos. Claro, tendo o entendimento que não é ser “crentasso”, não é ficar apurrinhando a vida dos outros, falando, falando, falando; mas não demonstrando em ação o que falamos. Está claro? Expressarmos o reino de Deus é muito mais ação, poder manifesto pela ação que palavras, diria, são 5% palavras e o restante, ação. Na ação revelamos o poder e a força transformadora de Deus em nossas vidas.