Insistimos em fazer separação entre Deus, a vida de Deus e a nossa. Departamentalizamos as coisas, e achamos que devemos dedicar um pedaço de nosso tempo para Deus como se ele precisasse disso.
Quando resumimos nossa vida aos cultos, as reuniões em casa, significa que estamos muito equivocados quanto a vontade, e o conhecimento de Sua vontade para as nossas vidas; e não compreendemos o porquê, Ele (Jesus) nos resgatou do império das trevas e nos transportou, pelo seu sangue, para o reino de Deus. Precisamos parar de pensar e agir desta forma. Temos que nos ver de forma diferente, precisamos compreender o reino de Deus da maneira como Ele planejou e não como pensamos ou desejamos em nosso coração egoísta.
João escrevendo o livro de Apocalipse, diz o seguinte: “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! ” (Apocalipse 1:5-6).
Ele nos constituiu reino e sacerdotes. Ele nos transportou para o seu reino, nos fez cidadãos do reino e como tais, devemos viver cem por cento inseridos no contexto deste reino. Não se trata de uma religião; mas de vivermos o reino de Deus neste mundo, de manifestarmos as justiça de Deus entre os homens, revelarmos a obra de Deus agora, sermos instrumentos de manifestação de Deus aos homens. Fomos transportados para o seu reino para sermos sal e luz neste mundo. Nossas vidas tem que fazer diferença.
Além de nos fazer cidadãos do reino, ele também nos constituiu como sacerdotes. Qual o papel de um sacerdote? Isto foi para alguns? Não, todos! Sem exceção, nós fomos constituidos sacerdotes de Deus. Isto é, temos a incumbência de sermos a ligação dos homens com Deus, de trazermos e revelarmos aos homens a vontade de Deus, excercendo a função de intercessores, de embaixadores, de reconciliadores dos homens com Deus. Nós não existimos neste mundo para cuidar dos nossos interesses e sonhos, não estamos aqui para quando sobrar um tempo, viver o reino de Deus em nossos cultos e reuniões. Estamos aqui, sim, para em todo o tempo e lugar, revelarmos os valores, natureza e a glória de Deus.
Precisamo entender isso, como sacerdotes, como cidadãos do reino, vivemos neste mundo, não para andar segundo o pensamento do mundo; mas de Deus, para revelarmos o Seu reino, para manifestarmos este entre os homens. Isto não é um trabalho de tempo parcial; isto é uma vida, uma maneira de viver
Nós fazemos isso individualmente e através da igreja, da comunidade, da assembléia dos santos. Andamos juntos, não porque é bom e devemos fazer isso; mas vivemos juntos, unidos no mesmo Espírito, porque é através da unidade que Jesus será conhecido entre os homens como o enviado do Pai, para salvar, reconciliar.
Se não compreendermos este papel e não desempenharmos de forma adequada como cidadãos do reino, como sacerdotes de Deus; então não cumpriremos a vontade do Pai nesta terra e a oração do Pai nosso não será uma realidade, ou seja, “que a vontade de Deus se realize na terra, como é cumprida no céus”. Ir a “igreja” (prédio), aos domingos, orar ou rezar, cumprir liturgia não é condição de salvação e nem de conhecimento de Deus. O que importa e faz diferença é a manifestação dos frutos, das virtudes e das obras de Deus. As obras que revelamos confirmam o selo que sobre nossa vida foicolocado.