Na carta aos hebreus podemos ler: “Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus. E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas; Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança. Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos.Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação. ” (Hebreus 3:4-15).
Como nos afastar da pura e boa verdade para as nossas vidas? Como nos afastar do Deus vivo e verdadeiro? Como podemos deixar de experimentar a verdadeira vida no nosso dia a dia? Como nos afastamos da graça? Como pode o nosso coração se encher de incredulidade?
A linha divisória entre a lei e a graça é tão fina, quase imperceptível. As escolhas, nossas atitudes, nossas ações precisam ser sempre julgadas por nós mesmos. Precisamos sempre avaliar as nossas motivações, o porquê das nossas atititudes; pois se não o fizermos nos moveremos da graça para a lei. Ou seja, deixaremos de fazer baseados na dependência, nas promessas, por sermos; para fazermos por nós mesmos, no nosso esforço, na busca de mérito e honra para nós, demonstrando falta de confiança e rebeldia.
Precisamos entender para quem fazemos as coisas, o porquê fazemos. Não podemos olhar com os olhos segundo a natureza humana; pois se o fizermos, executaremos tudo baseados na lei, na busca do resultado pela carne e não na força e dependência do Espírito.
Por que andar junto? Por que do corpo? Por que vivermos como membros uns dos outros? Por um simples motivo; pois é através uns dos outros que corrigimos, que admoestamos que nos ajudamos na jornada.
Andamos juntos para nos mantermos no propósito de Deus, debaixo da graça; pois quando não julgamos a nós mesmos, nossos irmãos nos ajudam a avaliar o que estamos fazendo e porquê fazemos. Eles nos ajudam a lembrar a razão de nossa caminhada, do propósito e dos nossos motivos; entendemos? Mesmo que a caminhada não seja fácil, pois envolve sempre ponto de vista diferente, motivações diferentes, visões diferentes, se olharmos com os olhos espirituais conseguiremos ver a mão de Deus e o operar de Deus por meio dos irmãos, nos levando a ampliar a visão que temos da realidade espiritual onde estamos inseridos.
Tudo para o reino, tudo para o nosso Deus e para a sua glória. Não podemos nos afastar jamais da graça, do realizar na dependência, no andar pelo mover do espírito; se assim fizermos; então, não será isto agradável e nem aprazível a nosso Deus, pois estamos fugindo do seu querer e desejo para a nossa vida.
A atitude de rebelião está não na expressão do fato, mas no rejeitar o que nos é oferecido gratuitamente por Deus. Afastar da graça é queremos fazer as coisas segundo o nosso entendimento e na nossa força.