Precisamos compreender o fundamento, a forma de agirmos, o que devemos ser e como devemos ser, para revelarmos o Deus que afirmamos conhecer. Se não compreendermos a natureza de nosso Deus, se não compreendermos o nosso estado, quem somos e como devemos agir, perante ele e aos homens, de forma alguma agiremos conforme está no seu propósito de vida para nós.
Nós destacamos e reforçamos em todos os lugares a condenação, a imposição das coisas pela força, pelo medo. Assim, a maioria dos governantes, dos chefes conduzem os seus subordinados. Mas precisamos entender que na igreja não existe líderados (no conceito do mundo), não existem pessoas que devem prestar obediência; mas sim, vidas que precisam compreender a vontade de Deus, o agir de Deus e aprenderem a se subordinar a este Deus e a sua vontade. Há uma necessidade preemente de entender que não existe um acima do outro, não existe um melhor que o outro; mas sim, pessoas que tem mais experiência que têm que ensinar uns aos outros e o ensino é pelo exemplo; mais que pelo conhecimento.
E qual exemplo que nós temos dado tanto aos que nos são entregues para a edificação, fortalecimento, crescimento na fé, como o testemunho ao mundo? Somos pessoas que acolhem? Temos demonstrado paciência, longanimidade, mansidão? Ou temos sido incoreentes com os ensinamentos de Jesus? Nós criticamos as protitutas, os drogados, os dependendes do alcool, os homossexuais, bem como os consideramos escórias da sociedade? Quando conversamos com eles, somente os acusamos? Falamos da condenação? Do seu pecado?
Há uma passagem nos evangelhos que devemos admirar e ter nela o exemplo de Jesus. Fala de uma mulher que foi pega em adultério (mas fica a pergunta, para uma sociedade machista, cadê o homem?). Os seus acusadores, como diz a lei, queriam apedrejá-la; mas Jesus, disse a estes que quem tivesse sem pecado fosse o primeiro a atirar a pedra, e então, depois de um tempo, tem a seguinte situação: “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.]” (João 8:10-11)
Será que podemos aprender com esta atitude? Será que na próxima vez que tivermos contato, o que falaremos para a pessoa? Como agiremos? Jesus aceitou o pecado da mulher? Não, isto que podemos ver claramente em suas palavras, mas ele a rejeitou? Não, ele, muito ao contrário, acolheu, demonstrou amor, compaixão, revelou graça. E ao liberá-la, somente disse-lhe que não pecasse mais.
A questão de pecar ou não pecar não é um ponto que nós devemos julgar ou condenar. Nosso papel é chamar, é acolher, é trazer e revelar a vida, a graça, o amor, a misericórdia de Deus.
Sejamos verdadeiros cristãos e não simplesmente pessoas que afirmam ser cristãs. Conhecer a bíblia, recitar versículos, pregar não faz de nós verdadeiros filhos de Deus; somente aqueles que o imitam, que vivem conforme a sua vontade e o seu desejo. Amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos, mas obediência resultante não de medo; mas de reconhecimento que fomos capacitados, que ele nos concedeu tudo e fez tudo por nós para vivermos da forma como lhe agrada. Inclusive precisamos entender que fomos reconciliados, que recebemos da vida de Deus.