Não podemos padecer da mesma condenação direcionada aos fariseus por Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mateus 23:27-28), ou mesmo ser como a igreja de Laodicéia, quando Jesus falou: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” (Apocalipse 3:15-17).
Precisamos compreender uma coisa muito importante e que deve sempre fazer parte de nossa vida, se desejamos conhecer e servir a Deus da maneira como agrada a Ele. Não adianta querermos manter uma visão do que não somos. Não adianta querermos aparentar o que não é uma realidade. Não há e em existe qualquer prazer da parte de Deus por nós, com qualquer relação a hipocrisia, seja ela quanto a aparência ou quanto ao que achamos que somos.
A alegria do Senhor está no fato de sermos humildes em sua presença, em reconhecermos que dependemos inteiramente dele, para todas as coisas. Dependemos dele inclusive no realizar de boas obras, segundo o que está no seu coração.
Não podemos viver de aparência, não podemos ser hipócritas, devemos sim, esvaziar de nós mesmos, reconhecermos que estamos nus, e que não temos nada, nada em nós, que possa agradar a Deus. Devemos sim, fazer morrer a natureza humana, fazer morrer tudo que provém do homem, e nos submeter inteiramente ao criador, para que ele, concedendo da sua vida, possamos transbordar graça, vida e misericórdia a todos que nos cercam. Temos que parar de apontar o dedo para os outros e volta-lo para nós mesmos; para que possamos nos submeter ao criador, para que nos revele o que deseja fazer e como quer operar em nós e através de nós.
Não podemos ser religiosos, revelar somente aparência, temos sim, que revelar a natureza e a vida de Deus aos homens, para que o nome de Jesus seja glorificado, e para que joelhos se dobrem diante de sua presença. Sejamos filhos, sejamos imitadores de Deus, façamos como o nosso Senhor que se esvaziou de si mesmo, para que a nós fosse dada a oportunidade de reconciliação com Deus, através da sua morte.
Como o nosso Deus ordenou: “Sede santos, pois eu sou santo”, deixemos; portanto, a vida de Deus se manifestar e revelar em nós e através de nós, para que o exterior demonstre de fato a vida que temos de Deus.