Aceitar os instrumentos de Deus

Habacuque estava diante de uma situação, onde não se praticava a justiça, onde não se fazia o que era reto, onde prevalecia a corrupção, o engano e a transgressão da lei no meio do povo de Israel. Então ele questiona Deus e espera uma resposta. Deus então o responde que uma nação iria executar a vontade dele em relação ao povo de Israel.

Diante deste conhecimento, então, Habacuque faz o  seguinte questionamento a Deus: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” (Habacuque 1:13). No fundo, o seu pensamento e questionamento era: como uma nação mais injusta, que não conhecia e nem tinha a lei de Deus poderia exercer a justiça de Deus, corrigindo o povo de Israel?

Nós, muitas vezes, fazemos o mesmo questionamento a Deus, quando uma pessoa, sem conhecimento de Deus, sem compreender a sua vontade, ou mesmo, uma pessoa imatura pode questionar o que estamos fazendo e as nossas atitudes, não é verdade? Pensamos: “como um pirralho, ou mesmo, como um “Ignorante” pode dizer a mim que sou mestre o que devo e não devo fazer?” ou “como ousas corrigir-me?”; não fazemos isso?

O que precisamos compreender é que não importa a forma, a origem e nem o instrumento usado. Precisamos, primeiramente, ouvir sem preconceito, sem restrição e sem deixar que o que está sendo nos dirigido nos afete; depois, devemos julgar as coisas que ouvimos e que nos são ditas a luz da palavra de Deus. Ao fazermos isso, iremos compreender o que vem de Deus e o que não. Ao termos o entendimento, não podemos julgar o instrumento usado, devemos, sim, nos submeter àquilo que seja a vontade de Deus.

Deus, na sua misericórdia, querendo nos ensinar e demostrar o quanto nos falta humildade (dependência dele completa), usa diversas maneiras para nos revelar o nosso estado diante da sua face. Por isso, é importante não opor e nem oferecer resistência, nem fechar as nossas mentes, mas devemos, em atitude de humildade (dependência de Deus), julgar as coisas a luz da sua palavra, para então agirmos conforme Deus determina para nós.

Não importa a forma e nem o meio, o que faz diferença é se procede de Deus; e se estamos submetendo à vontade de quem declaramos amar e servir.

 Deus na sua soberania, na sua multiforme maneira de se revelar, usa qualquer um, em qualquer lugar, a qualquer momento, para nos ensinar do seu amor, da sua misericórdia e sua paciência. Precisamos enxergar estes pequenos detalhes e formas especiais de Deus agir em nossas vidas e não rejeitarmos o ensinamento do Senhor, como diversas vezes fazemos.