Experimentar de Deus

Podemos não ter entendimento, podemos achar que Deus é alguém distante que fica tirando “sarro da nossa cara”, ou que não se importa conosco. Podemos achar, até mesmo, que o seu propósito será de nos punir. Não importa o que pensamos, precisamos ter a consciência de se assim pensamos, de fato, não conhecemos a Deus. Mas o que ele nos fala, o que ele revela a nós quanto ao seu desejo para as nossas vidas, como está escrito através de Oséias e Jeremias: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Oséias 6:3).  “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:13).

Estes dois aspectos são fundamentais para conhecemos a Deus. Ele se revela, quando, cansados de lutar, quando do fundo de nosso coração desejamos mais que simplesmente temos vivivo e experimentado, seja em nosso dia a dia, em nossas vidas, seja na nossa religiosidade, no nosso ir a igreja. Falta algo? Falta intimidade? Falta conhecimento do Altíssimo, do Criador? Precisamos buscar, precisamos conhecer a Deus; pois quando desejamos ansiosamente e perseguimos este objetivo de conhecer, ele se revela.

Jesus prometeu vida abundante, prometeu a sua paz, não a paz que podemos alcançar no mundo, mas a paz que excede qualquer entendimento. Se carecemos desta vida abundante, da paz abundante, o que precisamos fazer é conhecer a Deus, sua essência, sua vida, experimentar o que ele tem de melhor para nós. Como fazemos isso?

No princípio do ensinamento de Jesus, quando João escreveu: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:16-17). Este é o fundamento de conhecer a Deus. Ele abriu o caminho, ele estabeleceu as regras. Não podemos querer conhecer a Deus pelo nosso esforço, pelos nossos estudos e conhecimento. O conhecimento de Deus vem pela fé, por crer que ele fez e proveu a solução que está em Cristo Jesus. A nossa reconciliação com Deus, o nos levar a sua vida, depende de recebermos a Jesus, de cremos que ele nos conduz ao Pai.  Para isso, precisamos entregar as nossas vidas a ele, crendo que Deus o fez Senhor e Cristo (Salvador). Precisamos ter o entendimento que “vida eterna”, não é algo que receberemos no futuro, é algo que recebemos hoje, quando entregamos as nossas vidas a Deus, não depende de religião, não depende de ninguém, mas de crermos e entregarmos. Quando fazemos isso, recebemos da vida de Deus, recebemos a vida eterna de Deus. Esta vida é derramada em nós pelo Espírito Santo. É esta vida que nos completa, nos faz um com Deus, nos reconcilia com Deus.

Este é o fundamento do conhecer a Deus, mas para permanecer neste amor, e conhecer todo o desejo dele para as nossas vidas, depende de outro aspecto que Jesus falou aos seus discípulos: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24). Este é o segundo princípio para conhecer e prosseguir em conhecer a Deus.

Tomar a cruz, não é aceitar os pesos e lutas, mas encará-la como instrumento de morte. Precisamos morrer para tudo que seja valor da natureza humana, e deixar que a natureza de Deus, a vida de Deus, seja algo presente e que se revele em nossas palavras e atos. Se falarmos de amor, devemos manifestar amor, se falarmos de graça, devemos manifestar graça. Se falarmos de misericórdia, devemos manifestar a mesma misericórdia de Deus, sem exceção, sem condição. A medida que  morremos para os valores da natureza humana e revelamos a natureza de Deus em nossos atos, passaremos a conhecer, compreender e ver Deus em todas as situações e momentos de nossas vidas. Seremos um instrumento nas mãos de Deus.