Estamos cansados?

Estamos cansados de ver prosperar o injusto, a hipocrisia, a mentira, a falsidade entre as pessoas? Estamos cansados das injustiças, dos enganos, do usar de forma tão vil o simples, da opressão sobre o humilde? Estamos cansados das injustiças sociais, da roubalheira, da corrupção e da impunidade?

Parece que nossas ações, o exemplo, as atitudes que tomamos não fazem diferença? Parece que nossas ações são infrutíferas? Parece que não enxergam o que é feito e ensinado?

Estamos cansados e desanimados de querer ou insistir com as pessoas para reverem e mudarem a forma de pensar? Parece que é uma luta inglória, ações infrutíferas e que nada dá resultado?

Ficamos a perguntar o que fazer? Como fazer para que haja entendimento e compreensão do que seja o querer e vontade de Deus entre os homens? Por que não enxergam a bondade e a misericórdia de Deus?

Com fazer para as pessoas abrirem os olhos e enxergarem o óbvio? Como fazer para que haja a mudança de atitude? Como fazer para que a realidade do evangelho seja algo conhecida e compreendida pelas pessoas? Como fazer para que haja o entendimento da libertação que foi provida por Deus através de Jesus Cristo? Como mudar a realidade de um evangelho teórico para algo prático e para ser vivido a cada instante em cada relacionamento?

Como fazer para que o reino de Deus deixe de ser simplesmente uma religião; mas sim, uma forma de viver neste mundo, andando segundo valores, fundamentos e princípios que são norteados por Deus, pela sua natureza que é concedida aos homens quando estes se submetem a Jesus como Senhor e Salvador?

Em Jeremias, podemos ler o seguinte: “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão?” (Jeremias 12:5)

Precisamos compreender que a maneira de Deus operar, a sua forma de realizar as coisas, transcende a nossa compreensão e o nosso entendimento. Quando parece que nada está acontecendo, nada está fazendo diferença, então Deus mostra de forma especial a sua forma de agir, ensinando-nos e mostrando nos para continuar e a persistir no que fazemos. Por que Ele faz assim? Por que este agir invisível tão poderoso e tão efetivo? Por um único motivo: para que a glória do realizar, para que o resultado alcançado não seja somente como uma vitória nossa; mas de Deus que realiza, para que não gloriemos em nós; mas em Deus que realiza, assim como está escrito: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9:23-24).

Compete a nós fazermos o que o Senhor nos mostra.  Precisamos, sempre nos animar nesta atitude, e deixar o realizar para Deus. Não temos motivo para cansarmos, ou para desanimarmos; mas sim, para aprendermos a depositar a nossa confiança em Deus que realiza todas as coisas em todos e através de todos na sua multiforme sabedoria.

Imaginemos se Jesus tivesse desanimado e desistido de nós? Imaginemos se Paulo não tivesse abandonado tudo o que era e conhecia, para viver o evangelho e pregá-lo em toda Ásia e Europa. Imaginemos se ele tivesse desanimado e não tivesse escrito as suas cartas? O que teríamos? Provavelmente ele não tinha ideia da repercussão e até onde as suas cartas iriam, e que inclusive transcenderia épocas, chegando até nós.

Somente um operar invisível e poderoso de nosso Deus para que todas as coisas aconteçam segundo o seu querer e coração.

Devemos fazer a obra que nos é designada, não a que queremos ou pensamos, não com o intuito de recebermos a glória ou vermos o resultado. Nosso papel é obedecermos e cumprirmos aquilo que Deus tem designado para que façamos. Aprendamos a deixar os resultados em suas mãos.

Não podemos nos desanimar porque não estamos vendo o resultado. A obra e a vontade de Deus ocorrem como um fermento em uma massa. De forma invisível que vai contaminando toda a massa, passando vida a todas as pessoas que se submetem a sua vontade e ao seu querer.

Precisamos lembrar sempre que ele não nos prometeu uma vida tranquila, sem problemas e sem dificuldades; mas sim que sempre estaria conosco nos consolando, nos fortalecendo, nos guiando e nos revelando o seu querer.