Emendar os nossos caminhos

Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!” (Jeremias 7:9-10).”Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Emendai os vossos caminhos e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste lugar.Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este.Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com o seu próximo;se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.” (Jeremias 7:3-7)

Não são as nossas obras, não são os nossos cultos, não são as nossas orações que Deus, nosso Pai, se compraz, mas no conjunto do que somos, no nosso viver diário, na forma como andamos, na maneira como revelamos a justiça, a misericórdia, a graça, e a bondade de Deus entre os homens. Não existe o prazer quando o fazemos somente pela aparência, ou quando se busca o alívio de consciência.

O que Deus deseja de nós? O que ele espera que façamos e como devemos viver de forma que as nossas orações, os nossos cânticos cheguem a sua presença como um aroma suave, e que nossos cultos traduzam uma alegria aos ouvidos na presença de Deus? O que é o perfeito louvor e glória que podemos tributar a Deus?

Isto que precisamos compreender. Não existe alegria em nosso Deus na aparência. Não adianta, quando ele nos corrige, nos ensina o que lhe agrada e o que lhe desagrada (o que ele deseja que abandonemos) permanecemos a fazer obras de injustiça que não alegram o seu coração. A transformação que Deus opera em nossas vidas é do interior para o exterior, é do nosso coração, da atitude de nosso coração, para o externar em nossas palavras e ações. Precisamos amadurecer, precisamos compreender o coração do Pai e o seu desejo para nós. Outra coisa importante que precisamos ter compreensão é com relação ao coração; não estamos aqui falando do coração segundo a natureza humana, mas do novo coração recebido pela graça de Deus, quando nascemos de novo.

Assim como ele sempre falou a nação de Israel, preparando o caminho para a nova aliança, assim ele nos fala hoje, embora muitas das coisas eram sombras da realidade que devemos gozar, tudo foi calcado e reforçado em uma mudança de atitude, num praticar da justiça divina, no fazer de obras que alegram o coração de Deus e não o vivermos de aparência.

Precisamos trilhar o caminho da santificação, que significa a rejeição das obras deste mundo, das obras segundo os frutos da natureza humana, para vivermos segundo a natureza divina, segundo os princípios e fundamentos do reino de Deus. Precisamos imitar a Deus, precisamos como filhos, fazer as mesmas obras que o nosso Deus.

Emendemos os nossos caminhos, rejeitemos toda obra da carne, do pensamento humano, voltadas para o atendimento de nossas necessidades, satisfação de nosso ego, nosso egoísmo. Façamos tudo isso morrer, para que a vida de Deus, que nos foi concedida, se revele em nós e através de nós. Precisamos ter consciência do que Deus fez em nossas vidas, na nova vida, da capacitação concedida (2 Pedro 1:3-4). Glorifiquemos a Deus com obras que revelam a sua justiça e glorificam o seu nome.