“Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” (Hebreus 4:14-16, RA Strong)
O que nos leva a compadecer, a ter compaixão, pelos outros, por suas fraquezas e nos colocarmos a ajudar? O que nos leva a ajudar uns aos outros? A carregar a carga uns dos outros? Somente a compaixão nos leva a isso, somente quando nos colocamos no lugar do outro, somente quando nos condoemos de suas fraquezas e limitações que podemos ajudar uns aos outros.
Enquanto ficarmos em nossa posição de destaque, achando que somos melhores; enquanto acharmos que os outros que têm que se mover até onde estamos; enquanto não compreendermos as limitações, fraquezas e o que o outro passa, jamais seremos capazes de ajudar, jamais seremos pessoa que conduzirão outros a conhecer do amor e da graça de Deus.
Condoer-se dos mais fracos, compreender as suas limitações é o papel de todo aquele que se diz conhecedor de Deus, ser cristão. Se não fazemos isso no nosso dia a dia, ainda não entendemos que Deus fez por nós, a atitude de nosso Senhor para nos reconciliar com o Pai.
Até quando viveremos um evangelho religioso? Até quando falaremos do amor, da misericórdia, da compaixão de Deus para com as nossas vidas, e não viveremos isso na prática em favor das vidas que nos cercam? Até quando continuaremos a viver as nossas vidas e não seremos imitadores de Deus?
São sobre estas coisas que precisamos refletir. Precisamos para de viver um evangelho teórico, bonito na teoria; mas ao analisarmos as nossas vidas não vemos nada disso; pois nossas atitudes são egoístas, somos orgulhosos, arrogantes, prepotentes, fazemos acepção de pessoas, negamos na prática o amor de Deus, negamos o que somos, pelo que fazemos. Estamos de fato, sendo o mesmo tipo de religiioso que Jesus encontrou no judaísmo de sua época, onde se fala e não faz, onde agimos como carracascos, acusadores dos homens.
Precisamos compreender que devemos fazer o que o nosso Deus faz e o que ele nos ensina a fazer. Não podemos esperar que os outros façam para fazermos, não podemos ficar imitando o que não é correto e não está segundo a natureza de Deus. Precisamos rever os nossos valores e prioridades, devemos rever o que consideramos importante. Viver o evangelho, viver a vontade de Deus é antes de mais nada nos compadecermos pelos miseráveis deste mundo, pelos órfãos, pelas viuvas, pelos idosos, pelos necessitados, pelos encarcerados. Precisamos aprender a olhar o exemplo de nosso Senhor Jesus, olharmos a vida de Paulo, Pedro, João e tantos outros que se colocaram em favor dos necessitados.
Precisamos compreender o nosso papel neste mundo, precisamos nos compadecer das pessoas do mundo, pelo que vivem, na escravidão que estão submetidos. Se não nos compadecermos, se não nos colocarmos no lugar delas, na escuridão que espiritual que vivem, como vivíamos, de forma alguma nos moveremos em favor destas vidas.
Mas para fazermos isso, precisamos morrer para nós mesmos, precisamos viver na prática o que Jesus nos ensinou. Precisamos revelar em nossos atos, palavras, nas ações que empreendemos a natureza e o caráter de Deus que nos foi outorgado no novo nascimento.