“e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;” (Mateus 6:12, BEARA)
Qual a importância do perdão? Quem deve dar o primeiro passo? O ofendido? Ou o ofensor? Como temos agido? Quem mais é afetado pelo ato de pedir perdão? O que ofende? Ou o que é ofendido?
Nós erramos em nossas atitudes, em nossas palavras proferidas, na forma de responder, na forma de agir. Erramos muitas vezes sem mesmo saber que estamos ofendendo ou magoando alguém. Mas o que é importante no perdão? O que provoca o perdão em nossas vidas?
Precisamos compreender o perdão sobre uma outra ótica, precisamos olhar o perdão de forma diferente. Não importa quem ofendeu e nem quem foi o ofendido. O que precisamos entender é a atitude de Deus, a sua natureza, e a sua forma de agir com relação ao perdão. Se compreendermos então seremos capazes de agir como ele agiu para conosco.
Deus concedeu o perdão por nossa rebeldia, somente depois que pedimos perdão? Ou ele proveu o perdão, a forma de escaparmos da rebeldia que nos assola, nos destrói, aniquila mesmo antes de reconhecermos que somos pecadores?
Precisamos entender que o perdão de Deus foi concedido mesmos antes de nascermos, mesmo antes de criar o homem e colocá-lo na terra, no jardim. Todo o plano de Deus quanto a criação, já estava estabelecido desde os tempos eternos.
Entendendo isso, então compreendemos, que o perdão não depende do reconhecimento dos dois, e nem do esperar pelo outro. Deus revela isso a nós, ao dar o seu filiho, sendo nós ainda pecadores, ainda não tinhamos arrependido. Isto que precisamos entender. Somente quando nos colocamos diante dele arrependido é que nos é disponibilizado o acesso ao reino. Mas o perdão e a graça, já foi oferecida, antes mesmo de reconhecermos o nosso pecado, e a nossa rebeldia.
Nós não demos ser diferentes. Isto que precisamos aprende: mantermos a nossa atitude de orgulho, de arrogância, não é a melhor atitude para nós. Por que não? Porque quando alguém nos magoa, nos fere, nem sempre está ciente do seu ato, e quanto está, não necessáriamente consegue compreender o ato de pedir perdão. Nós precisamos, antes de mais nada oferecer o nosso perdão àqueles que nos ofendem. Por que devemos oferecer? Por que quando concedemos o perdão a quem nos ofendeu, estamos tendo a mesma atitude de Deus para conosco. E isto, é da sua vontade, e está explicido em nossa oração do “pai nosso”. O perdão só concedemos quando compreendemos a graça de Deus e o seu amor. O perdão somente damos, quando compreendemos que somos tão pecadores, não injustos, tão miseráveis, quanto ao que nos ofendeu. Quando reconhecemos nossa limitação, então, pela graça e pelo amor de Deus, nós concedemos o perdão aos que nos ofendem; mesmo que eles não compreendam o quanto nos ofendeu; pois foi assim que no nosso Deus agiu para conosco.
O perdão nos libera e nos liberta da ofensa, da mágoa sofrida, da nossa incapacidade de agir em favor do outro, oferecendo graça, misericórdia, bondade e amor para ajudá-lo a se libertar e alcançar a verdadeira cura que está em Deus nosso salvador.
Quando ofendemos e reconhecemos o erro que cometemos para com as pessoas, devemos procurar quem ofendemos e pedir o perdão; independente se o mesmo será concedido ou não; pois quando pedimos perdão, estamos de fato, declarando que estamos arrependidos. Quando estamos arrependidos, então estamos no fundo declarando que mudaremos a nossa atitude. Quando pedimos o perdão, arrependidos, então, este perdão pedido, nos libera, nos cura e a culpa não nos é mais pesada. Ela não nos consumará e não nos impedirá de conhecer o melhor que Deus tem para nós.
Tudo o que formos fazer, pedir o perdão ou perdoar, devemos fazer com base em uma atitude de humildade, de reconhecimento da nossa dependência de Deus.
A medida que aprendermos a perdoar e a pedir perdão, estaremos em um processo de santificação, de reconhecimento e manifestação da vida de Deus em nós e através de nós.