Escravos de nossos pecados

Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” (João 8:34, BEARA)

O quanto temos sentido escravos dos nossos pecados, nossos erros, falhas e ofensas que cometemos para com as outras pessoas? Mesmo conscientes de nossos erros, seja para com a vida e natureza de Deus, ou para com as pessoas, por que não recorremos ao pedido de perdão? Seja a Deus ou aos homens?

Nós podemos não compreender o quanto somos escravos de um pecado, somos dominado por ele e o quanto ele nos aprisiona e nos impede do melhor para nós.

Podemos não pedir o perdão porque achamos que não seremos perdoados, ou que não somos merecedores do perdão, ou por acharmos que seremos punidos pelo nosso erro, ou porque o nosso orguho nos impede de passarmos pelo processo de humilhação que podemos ser sujeitos. Quando falamos de Deus então, ainda pesa mais, pois achamos que Deus nos punirá pelo nosso erro.

Tem uma história que li, no livro de Syl Farnei, “Deus desconhecido”, onde ele conta uma história que sumarizarei aqui. E recomendo, se tiver a oporunidade, leia o livro, irá abrir o entendimento para outros aspectos importantes, para vivermos uma vida de igreja que glorifica e exalta o nome do nosso Deus.

Joãozinho estava no galinheiro, brincando com estiligue, e sem querer, acertou a galinha carijó, a que era estimação da avó e da familia. Maria, sua irmão, viu o que ocorreu e ameaçou contar para a avó. Joãozinho ofereceu-lhe um acordo, de fazer tudo que ela pedisse, mas não era para contar.

Ao fazer isso, Joãozinho, tornou-se escravo, devido ao seu erro, de sua irmã. Tudo que ela não queria fazer, transferia para Joãozinho, usando da ameaça. Assim, permaneceu por um tempo. Joãozinho, estava oprimido, escravo de uma situação, onde não tinha o controle. Sua irmã estava sempre acusando-o

Até que, joãozinho resolveu pedir o perdão a avó e sofrer as consequencias do seu erro. Pediu perdão a avó e confessou o seu erro. Qual voi a atitude da avó? Perdoou e confessou que tinha consciência de que ele havia matado a sua galinha, que já o tinha perdoado; mas esperava que ele a procurasse e pedisse o perdão para que pudesse se apropriar deste perdão a muito  já oferecido.

Quantos de nós estamos e vivemos na mesma situação de Joãzinho? Quantos de nós somos e estamos escravos de nossos erros, nossos pecados? Ele nos oprime, nos escraviza e nos impede de ver o que estamos perdendo em termos de vida.

Onde temos errado? Com quem temos errado? Reconhecemos o nosso erro? Temos sido omissos no ato de pedir perdão? Seja a Deus ou as pessoas? Fazemos isso, por que tememos a punição? Ou medo de sermos humilhados? Ou por causa de nosso orgulho não queremos nos submeter a tal situação?

O pedido de perdão, implica, na existência de um arrependimento, de um desejo profundo de mudança de atitude, de renovação de compromissos. Enquanto não pedirmos o perdão não experimentaremos a cura que Deus nos oferece. Quando pedimos a  Deus, ele de fato, já nos foi oferecido mesmo antes de pedirmos; pois os nosso pecados foram perdoados em Cristo Jesus; mas nós precisamos tomar posse deste perdão oferecido. Com relação as pessoas devemos arcar com as consequências; viveremos a situação de Joãozinho, noutras será desconhecido ou não percebido por quem achamos que tínhamos ofendido, em outras situações não seremos perdoados. Mas não importa, o que é importante é arrependermos e pedirmos o perdão; pois ao fazermos isso, estaremos nos libertando de nosso erro, nosso pecado para com as pessoas.

Quando estamos livres do que nos oprime, podemos ouvir melhor o que Deus deseja nos ensinar, o que ele tem para nos falar.

Não podemos ficar escravos de uma situação, não podemos nos render ao nosso acusador, ao acusador dos homens perante Deus, devemos sim, nos libertar de tudo que nos impede de experimentar a graça e o amor abundante de Deus.