Pedir por causa dos outros

Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em fidelidade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; mantiveste-lhe esta grande benevolência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como hoje se vê. Agora, pois, ó Senhor, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me. Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode contar. Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?” (1 Reis 3:6-9, RA Strong).

Conhecemos esta história de Salomão, poderia ter pedido o que desejasse o seu coração; mas pediu por sabedoria para poder governar o povo. Quantos de nós temos pedido por sabedoria para podermos atuar no corpo de Cristo, sua igreja, de forma a levar as pessoas ao amadurecimento e crescimento espiritual, para que possam ser semelhantes a Jesus? Quantos temos pedidos por sabedoria para discernir e realizar a vontade de Deus em cada situação? Ou temos pedido para nós mesmos, para esbanjar nos nossos próprios interesses, e com um “ar de graça”, dizendo que o que pedimos é para realizar a “obra de Deus”?

Tiago em sua carta afirmou: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.” (Tiago 1:5, RA Strong).

Por que não pedimos por sabedoria, discernimento para conduzir cada membro do corpo ao conhecimento daquele que nos dá vida e que tem no seu plano, levar-nos a santificação, para que, por nosso intermédio, possa se revelar ao mundo? Por que temos sido egoístas e pensado somente nos nossos interesses e desejos e esquecemos da unidade do corpo? Necessitamos de sabedoria e discernimento e da natureza de Deus revelada em cada um para que a mesma, desejada por nosso Deus, seja uma realidade expressa através da vida do corpo.

Até quando, cada um de nós, deixaremos de olhar para nós mesmos, nossos interesses e aprenderemos a viver segundo a natureza do Pai, dispostos a se dar pelos outros, para que vida de Cristo seja revelada em cada um? Se desejamos, ardentemente, expressar o nosso amor pelo nosso Deus, devemos mudar as nossas atitudes, devemos parar de viver segundo a natureza humana, segundo o pensamento do mundo, fazendo morrer esta natureza, como de fato foi crucificada na cruz com Cristo; para que a vida de Deus, a natureza de Deus, se revele em nós, alcançando corações.

Busquemos e peçamos a Deus sabedoria, para que cada um, na medida do que já andou, na responsabilidade que tem no corpo, possa ser usado de forma efetiva para que o corpo se mantenha unido, para que haja, em cada vida, onde cada membro coopera para a edificação, a manifestação do caráter e da vida de nosso Deus.