Alcançar a coroa incorruptível

Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (1 Coríntios 9:25-27, BEARA).

Qual o principal objetivo de nossas vidas? O que ansiamos e toda a nossa alma, todo o nosso ser? O que temos efetivamente temos buscado? Qual o propósito de nossa corrida? Como temos gastado o nosso tempo e os anos de nossas vidas? Quando acordamos a cada manhã, no que pensamos?

Ao refletirmos sobre as nossas vidas, sobre o que somos e o que desejamos e olhamos uma passagem como esta escrita por Paulo, o quanto estamos alinhados ou desalinhados com o propósito de vida de Paulo? O quanto estamos alinhados com o propósito de vida que Deus tem para nós, seus filhos? O quanto amadurecemos nos últimos anos? O que estamos fazendo nos leva a onde Deus deseja que estejamos?

Ao refletirmos sobre isso, nos conduziremos a um processo de amadurecimento, de mudança de atitude. Não a uma mudança externa, mas a que nasce de nosso interior, do plano de Deus para as nossas vidas, que está plano e no coração de Deus como propósito para que cumpramos.

Precisamos parar de olhar para o hoje, para este mundo, para os valores do presente século, parar a busca de coisas temporárias, precisamos parar de buscar o que não dura, o que não é eterno. Precisamos parar de olhar para nós mesmos, nossos sonhos e vontades; e mudarmos a nossa forma de agir. Devemos, como Paulo, olhar além, olhar com o coração do Pai, ver o invisível, sonhar com o que é eterno, desejar ardentemente a vontade do Senhor plena em nossas vidas, o seu querer manifesto e revelado em nós e através de nós em todo o tempo.

Devemos ir além de simplesmente submeter-nos a vontade do Pai, precisamos, sim, viver a vontade do Pai, fazer da vontade do Pai, a nossa vontade, andarmos alinhados com o desejo e o querer de Pai, fazer como o nosso Senhor Jesus.

Quando Paulo fala que esmurrava o corpo, reduzindo a escravidão, é sobre estes aspectos da vida que temos que decidir e agir em cada momento, a quem atenderemos? A carne, a nossa vontade, ao nosso querer, aos nossos sonhos, ou estamos dispostos a viver a vontade do Pai? Morrer para nós, para o que querermos para revelarmos através de nossos corpos mortais a vida de Deus?

Oferecer-nos a Deus como sacrifício vivo é justamente fazermos estas escolhas que revelam a natureza de Deus, é estarmos entre realizarmos o que queremos e sonhamos ou termos a mesma atitude que o Senhor teve em relação a nós, para que pudéssemos ser reconciliados. Transformar-nos pela renovação da nossa mente é praticarmos todos os dias esta atitude de andar segundo o coração de Deus, segundo a sua natureza.

Que atitudes e que ações são essas as esperadas de nós? São simples e se revelam no nosso dia, entre mentir e falar a verdade, entre obedecer a voz do Espírito para fazer algo e não cumprir por preguiça ou cansaço, como uma visita a uma pessoa, visitar doente, visitar e cuidar de órfãos e idosos. Decidir pelo prejuizo a enganar as pessoas. Sofrer antes o dano que manchar o nome de Deus, subjugar o nosso orgulho a querer defender os nossos interesses e acharmos que o nosso ponto de vista é mais importante. Em todas estas ações e muitas outras, podemos ver claramente o quanto temos esmurrado o nosso corpo e reduzido a escravidão e o quanto temos vivido olhando para o alvo correto, para o querer e o desejo de Deus.