Atitude para com o próximo

No pensamento de quem está seguro, há desprezo para o infortúnio, um empurrão para aquele cujos pés já vacilam.” (Jó 12:5, BEARA).

O quanto temos sido motivo de tropeço para as pessoas a nossa volta devido as nossas atitude e palavras? Por que não aprendemos a ouvir o Espírito de Deus que nos guia e nos ensina sobre o querer e o desejo do Pai? Por que achamos que somos melhores que os outros? Por que achamos que somos “mais santos” que os outros?

Quantas vezes fomos e somos capazes, diante das dificuldades que os outros estão passando, acusá-los de pecado? Por que é tão corrente no meio dos “cristãos” a mensagem de punição de Deus? Até parece que vivemos a antiga aliança!

Por que achamos que os infortúnios, as desgraças e dificuldades desta vida estão relacionadas a pecado e a não cumprir de forma individual a vontade de Deus? Por que achamos que nestas situações existem de fato uma punição, e não conseguimos enxergar que, mesmo nestes momentos Deus pode usar um processo de conduzir cada um a conhecer mais de sua vontade.

Precisamos parar de pensar segundo a mentalidade do mundo, segundo a lei do velho testamento, sobre doenças, sobre cabeça e cauda, sobre infortúnios e sucesso. Precisamos entender que vivemos o momento da graça, que Deus dá a chuva para o justo e para o injusto, não são palavras de Jesus? Precisamos parar de pensar que por termos nascido em condição mais humilde quer dizer que somos mais pecadores do que aqueles que nascem em berços de ouro. Precisamos parar de pensar que riqueza, saúde, vida sem problema quer dizer que somos mais abençoados que outros. Não podemos ter a mesma atitude dos amigos de Jó.

Que atitude devemos tomar quando vemos alguém, ou conhecemos alguém em um momento difícil de sua vida, seja com doenças, seja com perdas de amigos e familiares ou com perdas materiais? Acusá-lo do pecado? Dizer que ele precisa arrepender e voltar para Deus? Ou simplesmente, devemos ser o amigo, ser o ombro onde ele pode chorar, onde pode encontrar uma palavra de ânimo, de esperança e revelação das promessas do criador?

Quantas vezes Jesus viveu situações de infortúnio e acusou quem padecia? A mulher adúltera, ele a acusou, ou trouxe palavra de esperança? A mulher na fonte, acusou a de seu estilo de vida, ou trouxe palavra de vida? O jovem cego de nascença? O que foi crucificado ao seu lado? Quando acabou o vinho nas bodas, o que ele fez?

Quantos outros exemplos precisamos para compreender o que seja graça, viver na graça, andar na graça e revelar a graça de Deus? Não estamos discutindo grandes feitos e nem grandes obras, estamos discutindo aqui o nosso dia a dia. As situações que vivemos todos os momentos.

Como agimos como o bêbado? Com o drogado? Com um amigo que está doente? Que acusação temos apontado ou que esperança temos transmitido?

Sejamos imitadores do Senhor Jesus, levemos ao mundo a esperança e vida, a vida eterna que está no Criador e nos foi concedida através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Somos instrumentos para revelar o amor e a graça de Deus a todos os homens, não somos o acusador dos homens, papel que é de Satanás (o acusador).