O que entendemos pelo significado de “ensinar” ? E a diferença entre o que Jesus fêz e disse sobre fazer discípulo? Temos seguido e feito o que Jesus designou para nós fazermos ou não?

Quando entendemos a verdade expressa nas palavras de Jesus, e olhamos algumas situações no velho testamento, podemos observar que o “ensinar” prescrito por Jesus vai muito além de simplesmente passar conhecimento. Dar o conhecimento ou  teoria que é muito importante; pois cria o embasamento correto para as atitudes, determina a convicção do que se tem para fazer; mas muito além, precisamos estabelecer, também, um padrão de comportamento pelas atitudes que demonstramos.

O ensino que Jesus falou, está muito além da teoria e do despejar conhecimento na cabeças das pessoas. Não adianta falarmos de amor, se não vivemos amor, não adianta falar de relacionamento, se somos péssimos em relacionamento; não adianta falarmos de uma vida e atitude de santidade, se somos no nosso dia a dia, pessoas corruptas, egoístas, orgulhosa, hipócritas, falsas, pregarmos mentira, deturpamos a verdade, não defendemos o interesse do necessitado.

No velho testamento, quando da construção da tenda, houveram pessoas que se dispuseram o coração a ensinar, como está escrito: “Também lhe dispôs o coração para ensinar a outrem, a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã.” (Êxodo 35:34, BEARA), e Jesus disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19, BEARA).

Fazer díscípulo é ensinar como a fazer, mostrar pelo exemplo; não somente dizer, mas mostrar “como”.

Para ensinar os valores do reino, não podemos falar sobre eles, dizer o que fazer; mas precisamos aprender a mostrar “o como fazer”. Mas de que maneira podemos fazer isso?

Andando junto. Sim, andando junto, mas como, se não temos tempo, se não podemos, se temos trabalho para fazer ou outras coisas que nos impedem de andarmos juntos?  Isto acontece por que queremos impor e estabelecer condições com quem não anda conosco.

Não adianta eu querer impor que alguém seja discipulador e outro discipulado. Esta condição é resultante de um andar junto.

O mais difícil que temos no momento é o romper a inércia, o entrar em movimento neste círculo virtuoso de formação de pessoas. Como?  Nós, nossas vidas,  nós que temoso entendimento, temos o conhecimento da teoria cristã, de como se deve viver; não temos quem nos ensine na prática  a como viver. E, nós, pela falta de exemplo, não conseguimos sair do conhecimento e colocar na prática; para então, fazermos o papel que a nós é designado pelo Senhor. Talvez este seja o aspecto mais importante no processo de trazer o verdadeiro ensino da fé cristã, baseado na vida de Jesus. O que devemos fazer? Sermos os desbravadores, ropermos esta barreira inicial. Como fazemos isso? Na busca incessante, permanente, e dedicada da dependência de Deus. Buscarmos um relacionamento profundo da vontade e do querer de Deus. Buscarmos a maturidade espiritual, o estarmos atendo a voz do Espirito que nos ensina todas as coisas, para que possamos compreender em cada situação o que de nós é esperado. E assim acertando e errando diante da vontade de Deus, aprenderemos a viver como agrada a Ele, e como um cristão deve andar neste mundo.

Neste processo, vamos fazer discípulo onde? Onde estamos, com quem trabalhamos, com o quem convivemos. Não adianta querermos fazer discípulo de pessoas com quem não andamos juntas. Por isso, aprenderei, no que faço no meu dia a dia, nas atitudes, nas palavras, na postura perante as pessoas e nas situações que estou envolvido a demostrar o verdadeiro exemplo do que fazer. Faço discípulo das pessoas com quem convivo. Não como que não ando junto. O bom fermento somente se espalha onde a contato, onde a permanência e andar junto acontece. O verdadeiro ensino ocorre no nosso dia a dia, no que estamos fazendo. Sejamos e coloquemos o nosso coração, com toda a determinação, em compreender e viver a vontade do Pai para nós, seus filhos, neste mundo, revelando o Senhor Jesus onde formos.