Fazemos normalmente muita confusão a cerca da santificação e entendemos de forma errada a sua razão, e o seu princípio, sua origem e a motivação para sermos “separados” para Deus, e santificarmos em todo o nosso procedimento.
O primeiro aspecto que precisamos entender que a santificação é algo decorrente de Deus, vem de Dele, e somos santificados por causa da Sua glória; assim como está escrito: “Ali, virei aos filhos de Israel, para que, por minha glória, sejam santificados,” (Êxodo 29:43, BEARA), assim como Paulo escreveu de forma semelhante: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis,” (Colossenses 1:20-22, BEARA). A santificação é algo que procede de Deus, de sua glória. Nós não nos aproximamos de Deus porque nos santificamos; mas sim, por causa do sangue de Jesus, nós fomos santificados para entrar e estar na presença de Deus. Com a obra regeneradora de Cristo, nós nos tornamos templos, habitação de nosso Deus.
Este é o aspecto mais importante que precisamos compreender. Não depende de nós e sim, da obra que Jesus realizou na cruz. Pelo seu sangue somos santificados; somos apresentados santos, inculpáveis e irrepreensíveis diante de nosso Deus.
Se somos santos, então por que temos que nos santificar? Pr que temos que ser santos em nosso procedimento? Quando Jesus e os apóstolos ensinaram sobre isso, o que eles queriam dizer, é que precisamos externar o que somos no espírito. No novo nascimento recebemos da vida de Deus, o nosso espírito foi vivificado, nascemos de novo, agora, recebemos da natureza de Deus. Precisamos, sim, tendo as nossas vidas governadas pelo espírito, que está em comunhão com Deus, transformarmos a nossa mente, renovar, compreender a natureza de Deus, e fazer morrer toda a natureza humana.
Quando transformarmos a nossa maneira de pensar, deixando os pensamentos do mundo, quando abandonamos os atos que traduzem o pensamento e atitudes deste mundo, passamos a andar segundo a natureza de Deus. Quando fazemos assim, ou seja, rejeitamos as obras das trevas (os padrões de compartamento e pensamento do mundo), estamos, então, santificando os nosso procedimentos.
E por fazermos assim, como o Senhor afirmou: “E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus. E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tirou da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu sou o Senhor, seu Deus.” (Êxodo 29:45-46, BEARA), assim, também, Paulo escreveu: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18, BEARA). Em cada ação, cada atitude que fazemos morrer a natureza humana, rejeitando as obras deste mundo, estamos de fato, revelando ao Senhor, nosso Deus, a sua glória entre os homens.
E assim, como está escrito na oração do “Pai nosso”, quanto a“santificado seja o seu nome”, o que de fato estamos fazendo, é revelando quem é o nosso Deus, somos instrumentos para revelar a glória de Deus. Devemos santificar, não por nossa causa, não para nos aproximarmos mais de Deus, não para parecermos melhores, mas sim, única e exclusivamente, para revelar Deus a todas as pessoas. Como revelamos? Pelos nossos atos, ao revelarmos, bondade, justiça, misericórdia, graça, amor para com todas as vidas.
Santifiquemos-nos, mudemos a nossa forma de pensar, transformemo-nos pela renovação da nossa mente, façamos morrer a natureza humana, deixemos as obras das trevas; não por nossa causa, mas por causa da glória de Deus, para que os homens vejam ao Senhor refletido em nossas vidas, e assim, aqueles que desejam aproximar da luz, façam, para que a glória de Deus encha toda a terra.