“Levantou Noé um altar ao Senhor e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar. E o Senhor aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz.” (Gênesis 8:20-21, BEARA).
Em tudo, em todo o momento ao longo da bíblia vemos a misericórdia de Deus operar. Noé ao sair da arca, como expressão de gratidão, oferece um sacrifício de gratidão, pela preservação da sua vida e da sua família. Não que o homem tivesse mudado, Deus estabelece o propósito de não amaldiçoar a terra por causa homem; pois a natureza do homem continuava a mesma, pecadora.
Quantos de nós temos tido a mesma atitude de Noé? O quanto temos expressados nossa gratidão pelo livramento, pela cura, pela libertação que Deus nos propicia diante das agruras da vida, dos problemas que enfrentamentos?
Quando estamos dentro de um turbilhão, cheios de problemas, impossibilitados de qualquer escape; nós clamamos a Deus, pedimos por socorro, expressamos que somos incapazes de escapar; mas quando vem a libertação que atitude tomamos? Tomamos a atitude de Noé, e expressamos gratidão, oferecemos continuamente nossa vidas, como um bom perfume, um sacrifício vivo a Deus; ou esquecemos a quem recorremos para a libertação?
Deus revela a sua misericórida nestas simples coisas. Ele revela sua graça nestes momentos; pois não merecedores de nada, ou de qualquer benefício, ele ainda assim, age em nosso favor; pacientemente, nos moldando, levando nos a enteder sobre o seu amor, sua misericórdia e graça. Mas o quanto ainda permanecemos de coração duro?
O que Deus deseja e expressou desde antes mesmo da criação do homem, não é um relacionamento de hostilização, de punição, de ameaça; mas sim, que nós homens, pudéssemos participar da sua natureza, da sua vida. Ele deseja compartilhar intimidade, deseja que vivamos dentro de sua vida, revelando-a todos os homens. Vemos isso na oração de Jesus, onde ele pede ao Pai que sejamos um com ele e com o Pai. Mas precisamos entender, que somente podemos ser um com ele, quando morremos para nós, para a nossa natureza humana, e recebemos da sua vida, da sua natureza. Assim como ele fez, por nós, morrendo, abrindo mão do que era, para que nós pudéssemos experimentar da sua vida, o mesmo, ele deseja para nós; ou seja, que abramos mão de nós mesmos, de nossa natureza, de nosso orgulho, arrogância, hipocrisia, falsidade, egoísmo, cobiça, e vivamos a sua vida. Quando assim fazemos, então recebemos da vida de Deus, e esta vida nos ensina a viver como o Pai deseja que vivamos.
Precisamos compreender e conhecer a misericórdia de Deus, e somente seremos capazes de experimentar desta verdadeira vida, e de tudo que ela representa, quando nos submetemos, quando expressamos gratidão por tudo que Deus permite, e por toda a libertação que ele concede em cada momento.
Vivamos com um coração puro, vivamos na busca do conhecimento e entendimento da vontade de Deus para nós. Somos chamados para sermos filhos, para revelarmos a sua natureza e a sua vida, não fomos chamados para sermos escravos; como somos ou fomos do pecado. Mas precisamos entender, que somente na cruz, não fora, não de outra maneira; mas somente na cruz encontramos a morte para a nossa natureza pecadora e humana, para experimentarmos com Cristo, a verdadeira vida; pois nele nós nascemos de novo.