O que diferencia um do outro?

Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. ” (Gênesis 4:3-7, BEARA)

Certas coisas podem nos passar desapercebidas quando lemos a palavra, e não compreender o que Deus quer nos ensinar em cada fato relatado na palavra. Por isso, quando lemos, devemos ler não com o conhecimento adquirido, não com o nosso raciocínio; mas devemos sempre nos humilhar sobre a poderosa mão de Deus e nos submeter àquilo que o Espírito deseja nos ensinar. Como Paulo escreveu, devemos estar atendo: “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.” (2 Coríntios 3:6, RA Strong).

Devemos não só ler a palavra, em submissão ao Espírito Santo que habita em nós, mas as nossas vidas, precisam ser vividas por fé, e não por conhecimento ou crença, conforme critérios religiosos.

Podemos pensar que Deus se agradou de um e desprezou o outro por uma questão de escolha dele; mas podemos ver claramente, outro fator. O que os dois fizeram, na aparência, de diferente? Nada. Cada um trouxe do fruto, do resultado do seu trabalho e ofereceu a Deus. Não é verdade? O que de fato diferencia um do outro? O que não podemos ver?  O que está no coração? As motivações de cada um e a forma como a oferta é apresentada.

Podemos ver que Abel ofereceu das primícias, do primeiro do fruto do seu trabalho. Ele separou e apresentou a Deus, o que primeiro obteve, ele ofereceu, não discutiu. E Caim, ele simplesmente apresentou do fruto do trabalho. Um confiou no provimento Divino e deu do primeiro, o outro somente depois de ver o que tinha, ofereceu.

E nós em nossos dias o que temos oferecido a Deus? Hoje não queimamos ofertas, não oferecemos sacrifícios como prescrevia a lei. Mas qual é oferta que agrada o Senhor? A mesma da época de Caim e Abel. E o que o criador olha? A mesma coisa: a motivação do nosso coração.

Confiamos em nós, nos nossos braços, justificamos que não podemos fazer mais porque não temos tempo ou porque não nos sobra?

Por que não tiramos o dízimo, por que não ofertamos o nossos ganhos? Por que não dedicamos mais tempo e nos disponibilizamos a fazer a obra do reino? O que tem nos motivado?

Nos desculpamos com base nas atitudes e falhas dos outros? Não confiamos em Deus que irá prover tudo que precisamos? Financeiramente, olhamos com os olhos do mundo, e assumimos mais dívida que devíamos ter, por causa do consumimos que beira a insanidade em nossos dias?

Da mesma forma como o Senhor falou a Caim, precisamos compreender que ele nos fala hoje. O pecado está a nossa porta, cumpre a nós domíná-lo, e que pecado é este? Cada um deve julgar a si mesmo, arrepender e voltar-se para o Deus vivo, pode ser: falta de confiança, de fé no Criador que irá prover todas as coisas. Julgar os outros enquanto estamos com uma trave em nossos olhos. Avareza, orgulho, inveja dos outros e o desejo de querer manter as aparências, cobiça, dentre tantos outros.

Queremos ser agradáveis ao Senhor? Então mudemos a nossa atitude, vivamos para o Senhor, ofereçamos a ele tudo que somos, tudo que temos. Usemos o mundo, não façamos parte do mundo. Vivamos conforme os valores do reino, não segundo o mundo. Mudemos, transformemos a nossa maneira de pensar, pelo conhecimento do Deus verdadeiro. Quando fizermos isso, então experimentaremos da verdadeira vida, e conheceremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para nós.