Acolher a todos no amor de Deus

Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. ” (Romanos 14:1-4, BEARA).

Podemos viver por esta palavra? Podemos aceitar, respeitar e honrar a cada um pelas limitações que possuem? Ou somos arrogantes suficientes para achar que o que vale é a nossa opinião e que devem viver segundo o que pensamos e não somos capazes de respeitar as limitações e imaturidade dos outros? Somos capazes, no amor de Deus, deixar de fazer coisas por causa dos mais fracos?

Na postura que adotamos está a diferença entre viver na carne e viver no espírito, ser maduro ou imaturo espiritualmente, viver segundo o amor de Deus ou segundo o pensamento e atitude de homens. De que maneira temos escolhido viver? O nosso foco é a edificação da igreja ou o defender os nossos interesses?

Enquanto não colocarmos o nosso coração em compreender estas diferenças e atitudes que devemos tomar, não entenderemos o propósito de Deus, sua vontade e o seu desejo para a maneira como devemos viver a igreja. Precisamos deixar de ser imaturos, de achar que somente nós estamos certos, que nós detemos a verdade e a maneira correta de viver e que os outros estão fracos, são cegos e não compreendem o propósito de Deus.

Nós, na nossa ignorância, não temos nem dez porcento de entendimento da multiforme manifestação da graça de Deus e de como ele nos usa para o seu reino. Mesmo na nossa arrogância, prepotência, ele realiza a sua vontade. O que precisamos entender é se tivermos um coração aberto, um coração pronto para receber, para ouvir o espírito, seremos muito mais usados, muito mais úteis ao reino, glorificaremos a Deus em nossos atos muito mais e exaltaremos muito mais ao seu nome. O que desejamos? Continuar uma vida mediocre espiritualmente, ou sermos efetivamente maduros espiritualmente e sermos usados por Deus para a edificação do corpo?

Como acolhemos, como tratamos os que pensam diferente da gente, como tratamos as suas fraquezas, como os honramos será fundamental no propósito do Pai, para a edificação do corpo. Deus, o nosso Deus, não está preocupado com o que pensamos ou achamos, pois nossos pensamentos não se aproximam dos dele, e nem produzem a justiça de Deus, precisamos estar cientes das nossas limitações e compreensão. Mesmo que achemos que estamos certos, devemos nos reconher em nossa insignificância, e honrar e aceitar a todos os irmãos, e termos atitude de amor, de forma que haja a edifcação da igreja.

Deus não nos chamou para discutirmos opiniões, para expressarmos os nosso ponto de vista e defendermos com unhas e dentes o que pensamos. Ele nos resgatou das trevas para sermos luz, para expressarmos o seu amor, para revelarmos a sua vida. Assim como ele nos aceita, nos ensina, nos dá o conhecimento e entendimento, assim devemos proceder com todos. Imagina, por pensarmos diferente de Deus (na nossa igonorância), ele nos rejeitasse? Estaríamos todos ardendo no fogo do inferno. Mas ele é misericordioso, compassivo, longânimo, o mesmo ele deseja que sejamos com todos os demais que são irmãos; mesmo que lhes falte entendimento e compreensão da vontade de Deus; mesmo que não tenham o mesmo entendimento que nós. Nós não estamos aqui para julgar, para condenar; mas para acolher, amar, ajudar e edificar.

Que o Senhor nos ensine a viver segundo o seu amor, e acolhermos a todos para a glória do seu nome.