“Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” (Mateus 18:1-3, BEARA).

Por que temos a mania de grandeza? Por que queremos ser reconhecidos, honrados e glorificado perante os homens? Por que achamos que precisamos ser destaque? Por que queremos estar a frente das coisas?

Por que perdemos tanto tempo com coisas vãs, sem sentido, e muito menos sem qualquer praticidade para o reino de Deus? Por que temos que nos tornar como crianças? O que se espera de uma criança? Ou qual é a sua atitude para com os seus pais?

Enquanto os discípulos estão preocupados em ser o maior, em compreender quem era o maior, ou a importância do maior, Jesus fala de outra aspecto muito importante para a vida de uma pessoa que se entrega ao reino de Deus, que coloca a sua vida nas mãos do Senhor. Temos uma lição muito importante a aprender com relação a criança. Quando falamos de ser como crianças, muitas vezes pensamos em inocência, mas é sobre isso que Jesus deseja que aprendamos?

Uma das características mais forte que podemos observar nas crianças e a sua dependência dos pais. Não importa a classe social, não importa a condição de estudo dos pais, não importa onde vive e como vive; mas a dependência dos pais é a característica mais marcante na vida de uma criança.

Se precisa de algo, onde vai? Aos pais. Se está com fome, onde vai? Aos pais. Se machucou, se foi machucada, ferida, ou magoada, onde vai? Aos pais. Estão preocupada com o amanhã, ou com o final do dia, se terão de comer, o que vestir, se estarão vivas e conseguirão fazer tudo que estavam planejando? Não, não possuem qualquer tipo de preocupação quanto a qualquer tempo além do tempo que estão vivendo.

Se estão brincando e gostando, se estão planejamento ficar muito tempo fazendo aquilo (quando pensam) e os pais as chamam para fazer algo, como comer, tomar banho, ou qualquer outra atividade, algumas vezes, relutantes, vão, e passam a fazer a outra atividade como sendo a mais importante. Quando são ensinadas sobre obediência, não discutem, podem até questionar; mas quando vem dos pais, simplesmente obedecem.

Quando Jesus falou sobre sermos como crianças é sobre este aspecto que ele queria nos ensinar. Sobre obediência, sobre dependência, sobre não se preocupar com o futuro, com o que estaremos fazendo depois deste momento. Tudo isso, não tem a menor importância, o que tem importância é viver intensamente aquilo que Deus está nos permitindo viver naquele momento. Em cada situação, em cada momento, com ou sem provações, devemos viver intensamente para o  nosso Deus, sabendo que ele cuida e zela por nós, porque nos ama intensamente, e deseja que sejamos levados a semelhança de Jesus. Tudo que passamos, tudo que enfrentamos, só tem um propósito: nos ensinar a viver o reino de Deus, conforme está no coração do Pai, hoje, aqui, agora. Não fomos feitos para vivermos ansiosos quanto ao dia de amanhã; se estaremos bem ou não; se teremos muito ou pouco; mas simplesmente em viver intensamente o reino de Deus.

O Pai tem para nós um objetivo muito importante: que aprendamos a depender dele nas coisas materiais que possamos a precisar neste mundo e que não vivamos ansiosamente. Mas ele deseja que vivamos intensamente na dependência dele, aprendendo a viver segundo as virtudes do seu reino. Manifestando onde estivermos, com quem estivermos o seu reino, sua justiça, sua graça.

Podemos viver diferente do que seja o propósito do Pai para nós? Não, não podemos, por isso precisamos aprender com as crianças sobre dependência e viver intensamente o que ele nos tem concedido em cada momento.