No que temos sido diferentes?

“— Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal. Se vocês amam somente aqueles que os amam, por que esperam que Deus lhes dê alguma recompensa? Até os cobradores de impostos amam as pessoas que os amam! Se vocês falam somente com os seus amigos, o que é que estão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso!” (Mateus 5:43-47, NTLH).

Como estas palavras pesam sobre nós! Como temos que avaliar o que temos sido, o que nos move, o que temos feito e o quanto temos sido diferentes daqueles que temos chamado de perdidos! Não podemos falar uma coisa e fazer outra. Não podemos dizer que somos cristãos, imitadores de Jesus, e fazermos o que o mundo tem feito. Como queremos dizer que somos filhos de Deus e agirmos diferentes dele?

Precisamos lembrar-nos sempre quem somos e por sermos, fazemos. Não fazemos porque sentimos, por acharmos que é conveniente para nós, ou porque é bom, ou nos dá prazer. Fazemos por que somos. Isto precisamos entender. Qualquer coisa diferente disto é do diabo e contrário a natureza de Deus.

Não podemos andar como andávamos no mundo e nem a fazer as coisas que criticamos nos outros e não fazemos nós mesmos. Se dissermos que somos sal da terra, luz do mundo, então temos que agir como tais. E agir em todas as situações e não em algumas somente. Recebemos de Deus a transformação de nossas vidas, pelo novo nascimento, recebemos da graça, da capacitação e toda sorte de bençãos em Cristo para revelarmos quem somos.

O que precisamos fazer? Enquanto não compreendermos que precisamos morrer para nós. Para os nossos pensamentos, para o nosso orgulho, nossa arrogância; nunca viveremos o plano de Deus para nós. Mas se nos colocamos aos pés da cruz, na dependência do Senhor, reconhecendo que não somos merecedores e nem capaz de viver a vontade de Deus e seu plano para nós; então iniciaremos um ciclo de aprendizagem e crescimento, de conhecimento e entendimento da vontade de Deus para as nossas vidas e conheceremos de fato quem somos.

Morrer é o segredo de uma vida espiritual que agrada a Deus. Enquanto quisermos viver o plano de Deus para as nossas vidas na carne (conforme o pensamento do mundo) de forma alguma conseguiremos dar os frutos que Deus deseja, e nunca teremos uma vida abundante. Isto é um fato inegociável diante do Senhor. Viver a vontade do Pai, viver o seu desejo, implica em adotarmos as mesmas atitudes que ele. Não fazer, pensando em nós; mas sim, pensando no bem do outro, no melhor para o reino e para a glória do nome de Deus.

Por isso, não dá para viver o evangelho pela metade, não dá para dizer ser cristão e andar fazendo as coisas que fazíamos da mesma maneira. Não dá para dizer ser cristão e rejeitar os ensinamentos e ordenanças do Senhor Jesus. Fazer assim é enganar a nós mesmos. Por isso, o quanto temos e o quanto desejamos ser diferentes do que o mundo faz? O quanto queremos continuar a compartilhar do mesmos pensamento e atitudes que são rejeitadas pelo nosso Deus? Queremos ser diferentes e revelarmos o nosso Deus em nossas ações, ou simplesmente, queremos dizer que conhecemos a Deus; mas manter a mesma atitude de quem vive no mundo.