A igreja é santuário construído por Deus

“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais;” (Atos 17:24-25, RA Strong).

O que são os nossos corpos? Não são santuário, templo do Espírito Santo? Não é em nós que o nosso Deus vem habitar? Não foi o próprio Senhor Jesus que disse que construiria a sua igreja? Por que temos nós a arrogância de querer controlar e determinar os rumos da obra que é dele? Podemos lutar contra o próprio Deus, ou sermos mais sábios que ele a ponto de acharmos que temos melhores condições que ele de fortalecer a sua igreja?

A igreja é algo que é construído pelo Senhor. Ele é o cabeça, quem determina o rumo e as ações de cada membro do corpo. Não compete a nós, homens, dizer o que se pode e o que não se pode fazer. Aos “mais experiêntes” compete ser instrumento de Deus, ser exemplo, e levar as pessoas a imitarem ao exemplo. Não temos outro papel que não ser exemplo uns para os outros. Não podemos dizer o que deve, o que é melhor e o que tem que ser feito. Precisamos compreender que não somos nós que edificamos a igreja; nosso papel e edificar uns aos outros, ouvir o que que o Espírito nos fala e agir conforme a ordem dada por ele. Não podemos querer e nem desejar controlar as vidas, mantê-las subordinadas a nós, como se fôssemos a verdade de tudo, a fonte de conhecimento e o “doutor” no assunto, o único com quem Deus tem falado. Não temos a visão do todo, nem o entendimento; mas Deus opera de forma maravilhosa em todos de maneira que o corpo seja levado a estatura de Cristo.

Precisamos, não só nós, a nos submeter ao Espírito, mas ensinar e mostrar aos outros como ter uma vida íntima com Deus, viver em sua presença, ouvir a voz do Espírito e obedecer prontamente. Qualquer atitude diferente, ou  que leve as pessoas a olhar para nós, a esperar em nós; estamos fazendo errado e fugindo do propósito de Deus. Agindo assim, queremos ser o arquiteto, o responsável pelo crescimento e amadurecimento da igreja.

Temos tantos exemplos na história sobre o crescimento da igreja sem a condução e intervensão do homem, sem que a autoridade do homem pudesse estar dirigindo a obra de Deus. Vimos isso na China, na Etiópia, e inclusive na igreja primitiva, quando o Senhor a espalhou. Na China quando se achava que a igreja iria morrer, houve um crescimento estrondoso, simplesmente, porque homens procuravam a Deus, e obedeciam ao que o Espírito mandava, o mesmo na Etiópia.

Precisamos entender que não podemos controlar a obra de Deus, mas podemos impedir a manifestação da vontade de Deus, quando colocamos a autoridade do homem no processo de condução. Deus não aceita a obra do homem, ele não quer o homem tentando controlar a igreja. O que ele espera de homens santos, experiêntes, é que sejam exemplo, sejam testemunhas vivas de uma vida que o agrada. Vidas que não querem dominar sobre outros, mas que ensinam as pessoas a olhar para o mestre, para o exemplo de vida, e serem seus imitadores, que ensinam as pessoas a serem livres em Cristo, a compreender que podem fazer tudo; mas nem tudo convém e nem tudo edifica. Deus deseja pessoas que vão a frente, mostrando, não determinando, que sejam conselheiros, mas não que imponham a sua vontade. Nós não podemos controlar a igreja, não podemos controlar o crescimento do plano e da vontade de Deus. Ele não aceita nada que façamos segundo os princípios e fundamentos dos homens. Deseja, sim, homens que se disponham a servi-lo, a honrá-lo e a obedecer a tudo que ele determina que seja feito, conforme ele deseja.

Sejamos instrumentos, não donos da obra, sejamos exemplos, não autoridades sobre as vidas, sejamos como Jesus, que ensina e mostra a cada um como a se submeter a vontade do Pai, e a realizar o seu propósito, o construtor e o dono da obra, não somos nós, é o nosso Deus.