“Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me.” (João 21:21-22, RA Strong)
Quantas vezes agimos como Pedro? Quantas vezes nos preocupamos mais com os outros, com o que estão fazendo ou deixando de fazer, com suas atitudes e ações, do que em seguir a Jesus? Por que focamos os olhos nas pessoas em suas atitudes e não nos preocupamos mais em ser discípulo de Jesus?
O que temos a aprender com Pedro na situação acima? Qual seria a sua preocupação com relação a João que os seguia? O que passava em sua cabeça? Qual era o seu pensamento?
Isto não nos importa neste momento; mas sim, desta situação devemos tirar o exemplo para as nossas vidas, para o que pensamos, para as atitudes que temos, para as decisões que tomamos e pela preocupação humana quanto ao aspecto de espaço, de ser reconhecido diante das situações e diante das pessoas. Era Pedro mais importante que João? Ou mesmo João mais importante que Pedro para o plano do Senhor? Não, nenhum dos dois eram mais importantes que um ou outro. Nenhum tinha papel mais ou menos importante para o reino de Deus.
Esta questão de ser o primeiro, de ser o reconhecido, de ter proeminência, tudo isso, são pontos de vista, opinião e desejo humano. Precisamos compreender que viver o reino de Deus não é se deixar levar e nem ser guiado por este tipo de pensamento ou atitude.
Devemos nos preocupar com o trabalho, com a obra que Deus tem para cada um. Devemos sentir inveja, devemos tomar atitudes humanas e nos opor? Não, nunca devemos fazer isso. Devemos sim, julgar todas as coisas, julgar toda a palavra, e se este irmão ou irmã estão fora da palavra e dos princípios do reino, então precisam ser admoestado em amor. Quanto as motivações e razões por que o mesmo está fazendo é uma coisa que somente o Senhor conhece. Nossas motivações e as motivações das pessoas que nos cercam, somente o Senhor e cada um pode compreender e julgar. Não podemos criticar, não podemos julgar sem conhecer. Podemos sim, corrigir, corrigir em amor, quando estão fora da palavra e dos fundamentos do reino com graça, amor, misericórdia, bondade, longanimidade.
A quem estamos servindo? Qual o nosso papel nos planos de Deus e no reino de Deus? Somos o senhor da obra? Somos o dono? Não, somos meros instrumentos, e como instrumentos; se desejamos ser úteis, precisamos viver uma vida debaixo da graça, recebendo da vida que provêm do trono de Deus. Nâo podemos e não temos direito alguma além de ser útil. Devemos nos sentir gratos por sermos usados, por sermos instrumentos para Deus e para o revelar a sua graça. Existe nos planos de Deus espaço para todos que o desejam servir; pode ser que na instituição não exista espaço;, mas no reino existe; principalmente se o que norteia as nossas vidas é a vontade de servir e seguir ao Senhor.
Devemos, portanto, olhar e criticar as obras dos outros? Não, não devemos. A competência para julgar, para recusar ou aceitar a obra de alguém é do Senhor, única e exclusivamente. Nós somos somente despenseiros de Deus, somos instrumentos que podem ser úteis ou não; e isto depende somente de nossa atitude quanto a nos colocar diante do trono de Deus, para que ele capacite, nos ensine e nos leve a cumprir e a realizar a sua vontade.
Amar não é condenar, mas sim ajudar. Admoestar não é repreender com agressividade e nem com palavras duras, mas é expressar com amor a vontade de Deus. Devemos sim, rejeitar a obra do homem, a vontade do homem, as obras da trevas; pois nada que provêm do homem ou do império das trevas não agradam a Deus; pois estão permeadas de vontade própria, de orgulho, de arrogância e prepotência. Nada disso tem parte no reino de Deus; por isso, precisamos rejeitar tudo que vem de nós no realizar da vontade de Deus.