“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre.” (João 8:31-35, BEARA)
Retiremos de nós mesmos toda expectativa do que achamos que somos e julguemos a nós mesmos a luz das palavras de Jesus. Como tem sido a nossa vida? O quanto andamos e temos guardado a palavra que ele nos diz? Precisamos entender que guardar, não é memorizar, não é saber “de cor”; mas sim, o quanto temos vivido o que Jesus ensinou.
Temos vivido? Quando ele diz que é para amarmos os nossos inimigos, temos amado? Quando diz que é para voltarmos a nossa face e oferecer a outra, ou seja, temos levado desaforo para casa, temos feito isso, ou queremos sempre acertar as contas? Queremos nos vingar? Queremos revidar com a mesma moeda? Guardamos o ódio? Temos murmurado? Temos reclamado das coisas que temos e que recebemos? Temos murmurado de nossa situação financeira, de nossa casa, de nossa companheira (o), dos nossos filhos? Temos nos apresentado diariamente com um coração grato? Ou temos murmurado?
Isto, sem falar do que denominamos de pecado. Como tem sido a nossa vida nos nossos relacionamentos? Enganamos as pessoas? Temos sido hipócritas e fingidos? Temos sido corruptos nos nossos relacionamentos com o governo e com as autoridades? Temos cometido e aceitado suborno? Temos sonegado impostos? Lembrando que se somos empresário, comerciante, não importa; estamos vendendo e comprando sem nota fiscal ou com meia nota fiscal? Se sim, estamos sonegando impostos. Temos tolhido o direito das pessoas que trabalham conosco ou para nós? Quanto ao salário, quanto a forma de registrá-los? E mentir? Temos mentido?
Temos tido pouca paciência, não temos sido perseverantes, não temos descansado em Deus, antes corremos atrás de nossas coisas e nossas preocupações? Estamos ansiosos pelo dia de amanhã? Nos preocupamos com o que haveremos de comer ou vestir? Não contentamos com os nossos ganhos e com o que temos? Gastamos de forma desenfreada e sem controle de nossa vida financeira? Gastamos mais que recebemos?
São destas coisas que Jesus está falando. Quando guardamos as suas palavras, quando reconhecemos e cremos em suas promessas, quando confiamos em Deus, então experimentamos a verdadeira liberdade. Somos de fatos livres, não estamos presos quando não nos submetemos ao domínio do pecado. Ser livre, conforme Jesus falou, não é viver uma vida de libertinagem (fazer o que bem entendemos e da forma coo entendemos), mas sim, andar segundo a natureza divina, ser um imitador de Jesus Cristo. É aprendermos a fazer as escolhas que o nosso Senhor fez; pois sendo tudo, tendo tudo, abriu mão de tudo, com um único objetivo, fazer toda a vontade do Pai. Está é a verdadeira libertação, esta e a verdadeira motivação para vivermos neste mundo. Não sermos escravos de nós mesmos, de nossos pensamentos, de nossa vontade, de nosso orguho e arrogância. É não nos submetermos ao pensamento e valores deste mundo, é não andarmos como o mundo anda, é não fazermos o que o mundo faz; mas sim, fazermos as escolhas que o nosso Senhor fez.
Sermos livres é não nos deixarmos corromper pelo pensamento do mundo, pelo atendimento de nossos desejos, e sim, realizar a vontade do Pai. É manifetarmos no mundo as coisas do reino de Deus. É vivermos em nossos relacionamentos o reino de Deus aqui na terra. É escolhermos servir a ser servido, honrar, respeitar, amar uns aos outros, orar pelos nossos inimigos, demonstrarmos compaixão pelas vidas, inclusive por aqueles que nos perseguem. Nisto tudo está a verdadeira vida, nisto tudo está a verdadeira libertação e não sermos escravos.