“Jesus saiu daquele lugar, e no caminho dois cegos começaram a segui-lo, gritando: — Filho de Davi, tenha pena de nós! Assim que Jesus entrou em casa, os cegos chegaram perto dele. Então ele perguntou: — Vocês crêem que eu posso curar vocês? — Sim, senhor! Nós cremos! — responderam eles.” (Mateus 9:27-28, NTLH)
Assim como Jesus questinou os dois cegos que o seguiam, assim devemos nos questionar sobre crermos ou não no poder libertador que nos é propiciado em Cristo Jesus. Cremos na cura? Cremos na libertação do domínio do pecado sobre nós? Ou ainda agimos como escravos do pecado e nos submetemos a ele, como se o sangue de Jesus não nos tivesse libertado do poder do pecado?
Na carta escrita aos Romanos, Paulo foi enfático: “O pecado não dominará vocês, pois vocês não são mais controlados pela lei, mas pela graça de Deus. ” (Romanos 6:14, NTLH) e volta a afirmar mais na frente: “Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus. Pois a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe vida por estarmos unidos com Cristo Jesus, livrou você da lei do pecado e da morte. Deus fez o que a lei não pôde fazer porque a natureza humana era fraca. Deus condenou o pecado na natureza humana, enviando o seu próprio Filho, que veio na forma da nossa natureza pecaminosa a fim de acabar com o pecado.” (Romanos 8:1-3, NTLH).
Se a libertação, se a cura é algo determinado, é uma promessa, por que, então, vivemos debaixo do jugo do pecado, vivemos debaixo da lei e nos submetemos a ordenanças e regras que tem aparência de sabedoria e santidade? Por que continuamos a viver como víviamos no mundo, cometendo pecado sobre pecado, atitudes carnais, de uma mente reprovável diante de Deus? Achamos que podemos agradar a Deus quando continuamos a viver da mesma forma que víviamos? Achamos que podemos agradar a Deus, andando da mesma maneira que andávamos no mundo?
Uma vida cristã, um andar no reino de Deus não pode ser vivido da mesma maneira. Fomos transformados, fomos curados para andar em novidade de vida. O nosso viver diário deve ser guiado por atitudes de cristãos. Devemos suportar a debilidade dos fracos, devemos suportar os insuportáveis, devemos ter paciência para com todas as pessoas. Não podemos agir como as pessoas agem no mundo. Não podemos ser ignorantes, não podemos ser arrogantes, não podemos ser prepotentes, orgulhosos e acharmos que somos melhores que outros. Não podemos viver uma vida onde queremos ser servidos, honrados e glorificados e não fazermos o mesmo para os outros, achando que somente nós merecemos.
Nossas vidas não podem ser guiadas por atitudes que somente tem por objetivo atender os nossos interesses e os nossos desejos. Não podemos viver neste mundo com o pensamento voltado para os nossos interesses, para o nosso egoísmo. Isto não é viver uma vida cristã. Temos que ser exemplos, não podemos mentir, não podemos roubar, não podemos enganar, não podemos sonegar, não podemos subornar ou aceitar suborno. Qualquer atitude que sejam diferentes da justiça de Deus, demonstram que não reconhecemos a libertação e a cura que nos é concedida por Cristo Jesus.
Precisamos andar conforme recebemos, conforme compreendemos. Precisamos compreender o nosso papel neste mundo e revelar o reino de Deus em todos os nossos atos. Vivermos diferentes do que seja a vontade de Deus e o seu plano e propósito para os seus filhos é então renegarmos toda a obra e tudo que Deus fez por nós, e acreditarmos que Jesus não tem o poder para nos libertar e curar.
Coloquemos em nossos corações o propósito de viver uma vida que agrade a Deus, que o honra e o glorifica em tudo, em qualquer atitude que tomarmos em qualquer ação que fizermos.