“Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. ” (Mateus 5:19-20, RA Strong). “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.” (Mateus 5:23-24, RA Strong).
Precisamos compreender o que seja exceder em justiça, exceder em obras; pois se não andarmos conforme este padrão, de maneira alguma estamos sendo diferentes de quem criticamos. Se achamos que agradamos a Deus por estarmos no culto, por orarmos, por cantarmos louvores, por pregarmos uma boa palavra; mas vivemos conflitos de relacionamento, se não perdoamos, ou se não humilhamos perante as pessoas pedindo perdão, de forma alguma o que fazemos é agradável a Deus. O nosso culto é vão, as nossas obras são em vão; pois tudo isso não estamos fazendo segundo a natureza de Deus, e seus princípios.
Não podemos nos enganar e nem nos deixar enganar pelas artimanhas de Satanás que tenta em todo o tempo nos conduzir de forma a quebrarmos a palavra e a vontade de Deus para as nossas vidas e acharmos que é aceitável e é normal.
Se somos filhos, devemos viver da mesma maneira que o nosso Deus, sendo imitadores de Deus, como Paulo escreveu aos Efésios. Não existe outra maneira para se viver. Deus, sendo o que é, em todo o poder, em toda a glória, se humilhou, se sujeitou a ser homem, a viver como homem, para que nós, homens pudéssemos ser reconciliados como ele. Ele, sem merecermos, nos concedeu o perdão, nos concedeu o escape da morte eterna, não deveríamos agir da mesma maneira para com aquelas pessoas que nos ofendem e nos magoam? Não devemos, antes de pensar em nos apresentar diante de Deus, buscar a reconciliação com quem não temos tido relacionamento, perdoando, ou pedindo perdão?
Podemos achar que somos “bonzinhos”, que somos “agradáveis” a Deus, mas se vivemos fora do seu princípio, sua natureza, de forma alguma estamos sendo agradáveis a ele. Ele deseja e nos capacitou para sermos semelhantes a ele, sem qualquer discussão em contrário.
Fazemos obras, excedemos em obras os que denominamos de religiosos e criticamos a sua religião? Ou criticamos e estamos fazendo menos? Em nossos dízimos, criticamos os outros religiosos, mas fazemos menos que eles? Dizemos que temos um Deus a quem amamos e servimos; mas continuamos como qualquer religioso a viver para os nossos interesses e busca do atendimento material de nossas necessidades? Em que temos sido diferente? Só porque dizemos que cremos no Senhor Jesus e reconhecemos que a salvação é um dom de Deus? Embora tendo estes conhecimento, negligenciamos todas as demais coisas que Jesus nos ordenou que fizéssemos, e afirmamos que o amamos, embora não obedeçamos a sua palavra?
Temos de fato excedido em muito a justiça e as obras dos religiosos, ou temos sido semelhantes a eles, com uma diferença, sendo arrogantes e fazendo menos que eles fazem?
O que queremos? Onde queremos chegar? Sermos filhos semelhantes a nosso Deus? Ou não? Somente temos buscado alívio para a nossa mente que nos acusa de não vivermos segundo o coração de nosso Deus?