“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender (se opor, contrapor, discutir, não querer chegar a um ponto comum, guerra de palavras e opiniões), e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento (mudança de atitude, de mente, forma de pensar) para conhecerem plenamente a verdade,” (2 Timóteo 2:24-25, BEARA).
Por que somos tão cegos quando queremos defender o nosso ponto de vista, opinião e a nossa vontade? Por que não conseguimos enxergar e compreender a opinião dos outros? Por que queremos vencer na base da contestação, do replicar e do achar que a nossa argumentação é melhor e mais forte?
Por que não conseguimos enxergar as nossas limitações? Por que não conseguimos entender que as nossas opiniões e a nossa vontade muitas vezes impedem o agir e o mover de Deus conforme o seu plano e a sua vontade?
Precisamos não só sermos capazes de enxergar e ouvir o que os outros estão falando; mas precisamos também, deixar o Espírito agir e nos conduzir segundo o coração do Pai. Não é respondendo da mesma forma, não é tendo a mesma atitude que seremos capazes de trazer e fazer com que as pessoas mudem de atitude e de ação, que revejam o seu ponto de vista, que sejam capazes de abrir mão do que pensam em favor do que seja a vontade de Deus. E isso só é possivel, quando existe a predisposição de querer ouvir a voz de Deus.
Somente com o amadurecimento, crescimento espiritual, deixando de ser crianças é que seremos capazes de ouvir a voz de Deus e então teremos vontade de abrir mão do que pensamos e desejamos em favor do que seja o querer de nosso Pai.
Nós, pensando que estamos servindo a Deus, fazendo a sua vontade, dando valor ao que é importante, negamos o principal, que faz parte da natureza de nosso Deus, que é o amor, que é a base para a edificação, para o fortalecimento e crescimento. Quando maduros, tendo a vida dirigida palo Espírito Santo, e isso com liberalidade (o entregar), deixando de lado as coisas de criança, deixando de lado as opiniões pessoais e sendo capazes de refletir sobre o que é importante dentro da ótica de Deus; podemos, então, enxergar a nossa limitação, e o quanto temos impedido de Deus agir de forma plena e total em nossas vidas.
A contenda, as discussões, não são boas para a edificação e nem para o fortelecimento do corpo, e sim, para a divisão e enfraquecimento. Quando abrimos mão do que pensamos e nossos desejos, deixando Deus realizar a sua vontade, então seremos capazes de ver o operar de Deus e o crescimento do seu reino conforme o seu desejo e não conforme pensamos.
Precisamos viver debaixo da regra do amor, do respeitar, do honrar, do ser capaz de compreender o porque do pensamento e atitude do outro irmão. Precisamos amadurecer, para que a vontade de Deus seja plena através de nossas vidas e em nossas vidas. Por isso, diante de uma possibilidade de contenda, precisamos na realidade, dar lugar para Deus operar em nossos corações, revelando, mansidão, brandura, amor, paciência e longanimindade para com as vidas; para que Deus seja glorificado através de nossas atitudes e assim, leve cada um ao amadurecimento e ao conhecimento de Deus.