Promessa ou engano de nosso coração

Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis. ” (Mateus 21:21-22, BEARA)

Fica sempre a pergunta: por que queremos enganar o nosso coração? Por que queremos aliviar a nossa consciência deturpando a palavra de Deus? Usando pedaços da palavra, das promessas do Senhor para aliviar a nossa consciência ou para acharmos que seremos atendidos, ou para justificar as nossas ações? Tudo que pedirmos, mesmo crendo receberemos?

A maioria provavelmente responderá que sim. Logo em seguida começam os pedidos mais desvairados e inadmissíveis que podemos imaginar. Pedimos carro, casa, dinheiro, maior salário, emprego novo, etc. Queremos as coisas como filhos, mas não queremos viver como o Pai quer. Queremos atender o desejo do nosso coração, mas não queremos viver segundo o de nosso Deus.

Tiago em sua carta foi muito claro, não recebemos porque pedimos mal, pedimos para gastar em nossos próprios prazeres. Não recebemos porque Deus é bom, porque Ele como Pai correto e justo não nos dá o que queremos (quando estamos sendo egoístas), mas sim, ele nos dá quando pedimos segundo o Seu coração.

Quando compreendermos a natureza de Deus, Sua obra e propósito em nossas vidas pediremos e seremos atendidos, porque pensamos e andamos segundo o Seu coração. Isto é, quando assim, andarmos, não seremos egoístas, não pediremos para nós mesmos, mas, para quem precisa, o que tivermos distribuiremos, repartiremos para que todos possam ter e não haja falta.

Se a riqueza que está sendo acumulada for através de exploração de pessoas, de engano, sonegação de impostos, então quem está concedendo esta riqueza não é Deus, mas, quem está abençoando esta riqueza é o nosso acusador perante o Pai.

Quando somos “bobos”, como muitos afirmam, repartindo o que temos recebido, e assim mesmo, Deus ainda permite que tenhamos mais e mais, então, a mão de Deus está presente; pois nesta vida não existe o egoísmo, mas sim, o caráter e a natureza de Deus.

Deus nos chama não para que acumulemos riqueza, para que peçamos para nós mesmos, para que acumulemos para nós mesmos, mas que sejam, os recursos, usados em favor das vidas que necessitam. Devemos como filhos ter o mesmo coração do Pai. Quando assim vivemos, então o Senhor irá responder às nossas orações, Ele irá nos atender para a glória e louvor do Seu nome.

Tudo que um filho de Deus pede de todo o desejo do seu coração, o Pai irá atender. Quando este filho é maduro para pedir, não para si mesmo, para o usufruto pessoal, mas para o objetivo do reino, então as bênçãos e os pedidos serão atendidos.

Precisamos compreender como e porque temos pedido coisas a Deus em nossas orações: para esbanjarmos em nosso próprio interesse ou para o interesse do Reino? Pedimos para o crescimento do reino, ou para acumularmos riquezas e mostrarmos às pessoas que somos prósperos?

Ser filho é andar e pedir segundo o coração do Pai para que Ele seja glorificado.