“Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.” (2 Coríntios 7:10, BEARA)
Conhecendo e compreendendo a forma de Deus operar. Compreendendo que somos filhos, que os nossos pecados foram perdoados, que temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Senhor, sendo conhecedores que Deus nos deu do Seu coração, Seu caráter, nos fez novas criaturas, compreendemos e temos a certeza que somos guardados em Deus. Mas o fato fundamental que devemos e precisamos compreender é que andar com Deus não quer dizer vivermos sem cometer erros (pecado), pois conforme está escrito na primeira carta de João: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1 João 1:8-10, BEARA).
A tristeza vem e é decorrente de compreender que por amarmos a Deus, não devíamos errar, ter cometido atos que são contrários à Sua natureza, por isso, precisamos crescer e amadurecer, imitarmos ao Senhor Jesus. À medida que nos tornarmos espiritualmente adultos, aprendemos a depender mais e mais de Deus, tropeçaremos cada vez menos, como Pedro escreveu em sua segunda carta (2 Pd 1:3-11). Precisamos buscar o objetivo de amadurecimento, de cada vez mais, refletirmos e sermos semelhantes ao Senhor Jesus, fazendo morrer a natureza terrena. Quando aprendemos a rejeitar as obras das trevas em nossas vidas (o egoísmo, orgulho, a avareza, o ódio, a ira, a mágoa, a hipocrisia, a desonestidade), então estaremos em um processo de crescimento, tornando-nos dependentes do Senhor, adultos no mundo espiritual, pois estaremos andando com os nossos pensamentos voltados para o reino de Deus.
À medida que caminhamos, certamente cometeremos erros (pecados), mas, como filhos não permaneceremos no pecado, pelo contrário: ficamos tristes, pedimos o perdão ao Senhor, mudamos a nossa forma de agir (arrependimento), não fazendo o que fizemos no passado. Isto é a tristeza segundo Deus, que leva a mudança de atitude e a não permanecer como antes, pois somos filhos, recebemos da natureza e do caráter de Deus para andarmos segundo o Seu coração. Quando não temos esperança, confiança no Senhor, que Ele é o nosso advogado junto ao Pai, que Nele encontramos perdão, então a tristeza por termos errado, e o nosso esforço para querer fazer certo, irá redundar em mais erros, mais tristezas, e não nos leva à mudança de atitude, mas nos conduz a morte, como Judas, que ao trair o Senhor, sentiu tristeza, mas não o arrependimento, pois se o tivesse, e se conhecesse o Senhor com quem andou, certamente teria o perdão, mas ao invés de aproximar, afastou-se do autor da vida, rejeitando as Suas promessas, e Sua vontade.
Compreendermos que o amor de Deus que nos leva a vida e que nós não damos conta por nós mesmos, que não podemos fazer o bem ou o correto pelos nossos próprios esforços, mas que dependemos do autor da vida, então, nossa tristeza por cometermos erros, nos leva aos pés da cruz, onde colocamos o nosso fardo de pecado, pesado de carregar. Assumimos o perdão concedido pelo Senhor, e a convicção que Ele nos defende junto ao Pai, então temos o coração confortados, e por termos recebido do Seu amor, derramado pelo Espírito, não teremos o prazer em continuar errando, mas, em buscar a transformação, o amadurecimento.