“Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.” (Lucas 2:8-14, RA Strong).
Sabemos que por estudos já realizado que o nascimento do Senhor não se deu no dia vinte e cinco de dezembro, mas que por conveniência religiosa, este dia foi instituido como o dia do seu nascimento. Mas se foram alguns meses antes, ou depois, anos antes ou depois, não faz diferença. O que importa então? O que é importante é compreendermos o que siginificou o nascimento do Senhor e Salvador, o Cristo de Deus, que nos foi enviado. Isto sim é importante. Importante compreendermos que Deus se fez carne, o Verbo de Deus, que estava com Deus, que era Deus, se fez carne e habitou entre nós. Por que? Por que Ele fez isso?
Por amor, Deus fez isso por nós, simplesmente por amor. Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho, Jesus Cristo, para que todo aquele que nele crer não pereça; mas tenha vida eterna. Jesus, no seu amor por nós, abriu mão de si mesmo, do que era, para se tornar homem, para viver entre nós, para ser tratado como o pior dos homens, padecer, morrer na cruz, para que nós pudéssemos ser reconciliados como o Criador. Este é o amor do Senhor expresso por nós.
Nesta atitude há a sabedoria de Deus, não a sabedoria humana; mas a de Deus que se revela com a sua justiça, não a justiça que condena, que pune; mas a que reconcilia, a que distribui, a que dá vida. Deus, no seu ato de justiça, conhecendo-nos e reconhecendo que nós por nós mesmos não tínhamos condição de chegar e atender os seu padrões, se rebaixa, vem até nós, para que pelo seu sacrifício, sua morte, pudesse nos fazer justiça de Deus. Ele se oferece, oferece da sua vida, vida eterna, para que nascêssemos de novo, e assim, como nova criatura, agora, podemos entrar e viver na presença de Deus. Este é o plano de amor, esta é a importância da comemoração de natal, da alegria e do nosso regozijar.
Natal não é comida, não é bebida, não é alegria momentânea; mas o momento de refletirmos sobre o que Deus fez em seu ato de amor e bondade. É o reconhecimento que nós, por nós mesmos nunca atenderemos os critérios de justiça e vida de Deus. É nos alegramos, pois em Cristo, Ele nos proveu o livramento e nos deu vida, não da nossa vida, mas da vida de Deus, da vida eterna do Criador; para que aprendêssemos a viver segundo a sua vontade, segundo o seu padrão, segundo os seus valores.
Quando recebemos da vida, da vida de Deus, podemos, agora, compreender a justiça do Criador e o seu desejo para nós homens, que haja a paz, que haja a harmonia, que haja a verdadeira vida, manifesta e revelada através de cada filho. Eesta vida, quando dirigida, revelada e que se manifesta em nós e através de nós, através do operar e do dirigir do Espírito Santo, que nos conduz em toda a vontade do Pai, então; podemos; mesmo não compreendendo, não conhecendo interiormente, viver em paz uns com os outros; manfeistando a paz que procede de um coração puro e de uma vida sujeita a vontade do Pai, sem orgulho, sem arrogância, sem hipocrisia, mas principalmente, sem religiosidade.
Por isso, se ainda não vivemos plenamente a vontade do Pai para nós, precisamos pedir por sabedoria, sabedoria do alto que nos ensina sobre a vontade e o querer de Deus, que nos conduz a andar segundo a natureza daquele que nos deu vida, como Tiago escreveu: “Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.” (Tiago 3:13-18, RA Strong).
Precisamos compreender o significado do natal e o que o Criador nos concede na vinda de seu filho, na sua morte e ressurreição. Vivamos uma vida segundo o padrão estabelecido por Deus, na sua sabedoria, não no nosso entendimento e nem na nossa vontade. Comemoremos o natal, segundo a vontade do Senhor.
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